Portugal Colonial - De Paul defende Enzo Fernández de críticas por cantos racistas contra seleção francesa

De Paul defende Enzo Fernández de críticas por cantos racistas contra seleção francesa
De Paul defende Enzo Fernández de críticas por cantos racistas contra seleção francesa / foto: Luis Robayo - AFP

De Paul defende Enzo Fernández de críticas por cantos racistas contra seleção francesa

O meia argentino Rodrigo De Paul manifestou apoio nesta quinta-feira (18) a seu companheiro de seleção Enzo Fernández em meio à polêmica provocada por um vídeo transmitido por ele, no qual jogadores da 'Albiceleste' fazem alusão à seleção francesa com um canto denunciado como racista.

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"O que posso dizer em defesa de Enzo é que a música existe porque estava lá, porque as pessoas a cantam", disse De Paul ao canal de streaming local Olga. "Você não analisa tanto a música de torcida, você faz [canta] mais em relação a uma brincadeira", acrescentou.

O meio-campista do Atlético de Madrid destacou que consegue "compreender as pessoas que sofreram racismo e não gostam", mas criticou a atitude dos companheiros de Fernández no clube inglês Chelsea, que deixaram de segui-lo no Instagram como forma de repúdio: "É como fazer lenha a partir de uma árvore que caiu", acrescentou.

Desde a segunda-feira, circula nas redes sociais um vídeo em que vários jogadores argentinos aparecem no ônibus da seleção no domingo, em Miami, após a vitória sobre a Colômbia na final da Copa América por 1 a 0, iniciando um canto contra os franceses, antes que a transmissão fosse interrompida.

Na música completa, que viralizou durante a Copa do Mundo de 2022, no Catar, entoada por um grupo de torcedores argentinos, são cantadas frases como "eles jogam na França, mas são todos de Angola", e sobre Kylian Mbappé é dito que "sua mãe é nigeriana [na verdade é franco-argelina], seu pai camaronês, mas mas no documento tem nacionalidade francesa".

O presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), Philippe Diallo, condenou na terça-feira o conteúdo do canto, que descreveu como "racista e discriminatório".

Mas na quarta-feira, a vice-presidente argentina, Victoria Villarruel, apoiou Enzo Fernández: "Nenhum país colonialista vai nos intimidar por uma canção de arquibancada ou por dizer as verdades que não querem admitir [...] Enzo [Fernández], eu te apoio", escreveu ela.

Na mesma quarta-feira, o governo argentino demitiu o subsecretário de Esportes Julio Garro, que, anteriormente, em entrevista a uma rádio, havia se manifestado a favor de que Lionel Messi e o presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), Claudio Tapia, pedissem desculpas pelo fato ocorrido.

A Fifa anunciou na quarta-feira a abertura de uma investigação sobre o canto e condenou "todas as formas de discriminação". O caso também levou o Chelsea a abrir um processo disciplinar contra Fernández.

Enzo Fernández gravou e divulgou o vídeo em sua conta do Instagram, rede social na qual pediu desculpas pelos acontecimentos na noite de terça-feira.

T.Batista--PC