- Trump ameaça processar Google por mostrar apenas 'más notícias' sobre ele
- Blinken pede a Pequim que pare de 'alimentar máquina de guerra russa' na Ucrânia
- Kamala chega à fronteira com o México para falar sobre imigração
- Manchester City enfrenta Newcastle na Premier League em sua 1ª partida sem Rodri
- Martino diz que Messi deverá chegar em ótimas condições aos playoffs da MLS
- Chile anuncia lista de convocados para jogos contra Brasil e Colômbia sem Alexis Sánchez e Brereton
- Moody's reduz nota de crédito de Israel por aumento de 'riscos geopolíticos'
- Missão de coalizão antijihadista no Iraque será concluída em 2025
- Milan mantém boa fase no Italiano com vitória (3-0) sobre o Lecce
- Dortmund vence Bochum (4-2) de virada e assume 2º lugar provisório da Bundesliga
- Fifa vai anunciar no sábado as sedes do novo Mundial de Clubes
- Polêmico projeto de expansão da sede de Wimbledon recebe sinal verde
- A Venezuela de Maduro 'é insustentável', afirma líder opositora
- Governo Milei se dissocia da responsabilidade por aumento da pobreza na Argentina
- Prefeito de Nova York se declara inocente de acusações de corrupção
- Novo ataque com sopa a 'Girassóis' de Van Gogh em Londres após condenação de duas ativistas
- López Obrador se recolhe em seu rancho no México, mas seu legado perdura
- Dorival anuncia lista de convocados da Seleção com Vanderson, Abner e Igor Jesus
- Gia Coppola e Pamela Anderson fecham seção oficial em San Sebastián
- Hamas denuncia 'mentiras descaradas' de Netanyahu na ONU
- O que os universitários argentinos pedem ao governo Milei?
- Inflação volta a desacelerar em agosto nos EUA, às vésperas das presidenciais
- Cruzeiro de luxo bloqueado em Belfast há meses finalmente vai iniciar sua volta ao mundo
- Trump promete a Zelensky resolver a guerra na Ucrânia se vencer as eleições
- Sul-africana de 118 anos é uma das pessoas mais velhas do mundo
- Mudança climática, seca e crime: o coquetel que incendeia a América do Sul
- Prefeito de Nova York se apresenta ao tribunal acusado de corrupção
- Loewe convida mulheres a voar em vestidos flutuantes, Miyake as embrulha em papel
- O consentimento no centro do julgamento por estupros na França
- Alcaraz estreia em Pequim com vitória sobre francês Mpetshi Perricard
- Uefa sanciona Barça por cartaz com referência a saudação nazista
- Morre aos 89 anos a atriz britânica Maggie Smith, vencedora de dois Oscar
- Escassez de água esgota a paciência dos cubanos em meio à crise
- Toyota não renovará seu patrocínio olímpico devido à tendência 'cada vez mais política' do evento
- França se despede de jovem assassinada em meio a debate sobre circunstâncias de sua morte
- Rodri não voltará a jogar nesta temporada, diz Guardiola
- Sobe para 60 o número de acusações de agressão sexual contra o falecido magnata Al Fayed
- Meios de comunicação, entre um difícil presente e um futuro incerto
- Trump ameaça eliminar programas de imigração e Harris visita fronteira com o México
- Israel e Hezbollah intensificam ataques após fracasso de proposta de trégua
- Papa afirma que a Igreja deve pedir 'perdão' por agressões sexuais contra menores
- Ex-ministro da Defesa Shigeru Ishiba será o novo premiê do Japão
- París retira os anéis olímpicos da Torre Eiffel
- Cruzeiro empata em casa com Libertad (1-1) e vai às semifinais da Sul-Americana
- Athletico-PR perde para o Racing (4-1), que vai às semifinais da Sul-Americana
- Partido no poder no Japão escolhe próximo premiê
- Flamengo fica no 0 a 0 com Peñarol, que avança às semifinais da Libertadores
- Seria um 'erro' Israel 'rejeitar' cessar-fogo no Líbano, diz Macron
- Liam Lawson substitui Ricciardo na Racing Bulls pelo restante da temporada
- Fuzil acaba dentro de máquina de ressonância durante operação policial desastrada nos EUA
Manbol, o esporte amazônico que busca praticantes no Brasil
Tudo começou com dois irmãos brincando com mangas na Amazônia brasileira. Agora, aquele passatempo de criança é um esporte com regras e já praticado, embora com timidez, em várias regiões do Brasil. Bem-vindos ao manbol.
Nas areias da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, uma rede colorida divide uma quadra inusitada, limitada por cordas azuis que formam um retângulo de dez metros de comprimento por cinco de largura.
É uma quadra de tênis ou de vôlei? A dúvida a se dissipa, embora não completamente, quando os quatro jogadores de manbol começam a lançar de um lado para o outro e de forma simultânea duas bolas parecidas com as de futebol americano e rugby.
São bolas menores e seu formato tem uma inspiração mais folclórica: o caroço das mangas que Rui Hildebrando e seu irmão mais novo, Rogério, usavam para jogar quando adolescentes em Belém do Pará.
No Posto 4 de Copacabana, Rui - de baixa estatura e cabelo pintado de loiro - disponibiliza a quadra para os curiosos que querem adentrar no mundo que ele criou há mais de duas décadas.
"No princípio foi uma interação, uma brincadeira com mangas. Eu jogava manga para o meu irmão [Rogério], ele jogava de volta. Era uma disputa para a manga não cair. Eu resolvi colocar umas regras lúdicas, de diversão, naquele momento, e eu percebia que as duas mangas davam mais energia, sinergia, a gente não parava, era muito rápido", disse Rui, de 44 anos, à AFP.
- Divertido e dinâmico -
A brincadeira dos irmãos agradou outros parentes e amigos. Com o passar do tempo, Rui Hildebrando aprimorou o regulamento e os materiais para a prática.
Em 2004, com motivações esportivas e empresariais, fundou a Confederação Brasileira de Manbol. Foi a criação oficial de um esporte que atualmente é praticado na Amazônia e nas praias do Rio.
Batizado com a união das palavras "manga" e "bola", o manbol tem um regulamento simples: é jogado com as mãos e cada equipe marca quando a bola toca o chão da quadra do adversário ou quando o adversário manda a bola para fora dos limites. Se ambas as equipes marcarem na mesma jogada, o ponto é repetido.
O manbol pode ser disputado em qualquer superfície e com até três jogadores por equipe. Vence o primeiro time que ganhar dois sets de 12 pontos. Em média, cada partida dura de 15 a 25 minutos.
"É muito dinâmico, com as duas bolas, é muito divertido. A pessoa fica cansada, mas é só um pouquinho de prática", afirma Adriana Mathias, uma professora de educação física de 46 anos, "manbolista" desde 2007.
- Sonho distante -
Pouco conhecido pelos brasileiros e sem atletas profissionais até o momento, o esporte foi ganhando terreno lentamente e já conta com federações em quatro estados do país (Rio de Janeiro, Pará, Ceará e Distrito Federal).
O manbol tem cerca de 2 mil praticantes em um país de mais de 200 milhões de habitantes e já foi exibido em 11 países da América do Sul, Europa e Ásia, segundo Rui Hildebrando.
O jogo foi reconhecido como uma "modalidade esportiva" por uma lei da Câmara Municipal de Belém em janeiro de 2016 e apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em junho do ano passado.
"É um esporte inclusivo, pessoas de todas as classes e idades podem jogar. Ele trabalha várias habilidades físicas, agilidade, reflexo. Tem tudo para crescer", diz Katia Lessa, presidente da Federação de Manbol do Rio de Janeiro.
As autoridades deste esporte amazônico sonham que um dia ele possa se tornar uma modalidade olímpica. Um desejo que, por enquanto, parece muito distante em uma terra mais atraída pelo futebol e pelo vôlei. Mas eles mantêm a esperança.
Ao lado de Katia, que protege os olhos do sol forte com seus chamativos óculos escuros, a fisioterapeuta Beti Biaggi observa curiosa um esporte que até então desconhecia.
"Me chamou a atenção pelo trabalho de agilidade, mobilidade. Achei bem interessante, por isso eu parei para olhar".
G.Teles--PC