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Federação Italiana proíbe camisas com número 88, usado como saudação nazista
A Federação Italiana de Futebol (FIGC) se comprometeu nesta terça-feira (27) a aumentar seus esforços contra o antissemitismo, proibindo as camisas com o número 88, usado como referência à saudação "Heil Hitler" por grupos neonazistas.
"Não recuaremos um centímetro sobre essas questões, porque a credibilidade do futebol, também ferido por comportamentos discriminatórios, tem um impacto direto na sociedade italiana", disse em comunicado o presidente da FIGC, Gabriele Gravina, que assinou um texto em conjunto com os ministérios do Interior e dos Esportes da Itália.
Nesse documento, o mundo do futebol se compromete a "não dar a jogadores a camisa com o número 88, considerado como uma referência explícita na simbologia nazista".
Nos grupos neonazistas, esse número é utilizado para dizer "Heil Hitler". A letra "H" é a oitava letra do alfabeto.
Dois jogadores usaram esse número na temporada passada na Serie A: o meia croata Mario Pasalic, da Atalanta, e seu compatriota Toma Basic, da Lazio.
Na carta assinada nesta terça-feira, que enumera 13 pontos, o futebol italiano também prevê como poder paralisar um jogo em caso de "cânticos, atos e expressões antissemitas" nos estádios.
Em março, depois do clássico entre Roma e Lazio, a presidente da comunidade judaica da capital italiana, Ruth Dureghello, denunciou comportamentos antissemitas de torcedores 'biancocelesti'.
Uma fotografia mostrava um homem nas arquibancadas usando uma camisa com o nome "Hitlerson" e o número 88. Dois dias depois do episódio, esse torcedor foi identificado e banido "para sempre" pela Lazio.
Em setembro do ano passado, também foram ouvidos cânticos antissemitas entre torcedores da Juventus e da Inter de Milão.
Nogueira--PC