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Flórida amplia veto a ensino de temas sexuais e de gênero a todas as séries escolares
A Flórida proibiu, nesta quarta-feira (19), o ensino de temas relacionados à orientação sexual e à identidade de gênero em todas as séries escolares - uma decisão que amplia a abrangência de uma lei promovida pelo governador republicano Ron DeSantis neste estado do sudeste dos Estados Unidos.
Esta nova norma, aprovada pela Junta Educacional, estabelece que as escolas públicas "não darão intencionalmente instrução sobre a orientação sexual ou a identidade de gênero" da pré-escola ao último ano do ensino médio.
A única forma de ensinar sobre estes temas é que as aulas sejam "requeridas pelas normas acadêmicas estaduais", o que não é o caso, ou que "façam parte de um curso sobre saúde reprodutiva" do qual os pais possam retirar seus filhos.
Os professores que descumprirem a norma poderiam ter suspensas ou revogadas suas licenças de educadores, segundo o texto aprovado nesta quarta.
O voto causou a indignação de ativistas pró-LGTBQ, como a organização Equality Florida.
"Deveria envergonhar a administração DeSantis pôr um alvo nas costas dos floridenses LGBTQ", escreveu o grupo no Twitter após o anúncio.
"A ânsia de censura governamental é insaciável", escreveu em outro tuíte.
Esta nova medida amplia o alcance de uma polêmica lei aprovada no ano passado, apelidada "Não diga gay" por seus críticos, que era aplicada aos alunos da pré-escola a séries em que as crianças têm oito ou nove anos.
DeSantis transformou o texto em uma das leis emblemáticas de sua batalha cultural contra políticos, professores e empresas aos quais acusa de querer impor sua ideologia progressista aos demais.
Nos últimos meses, o governador tem acenado aos eleitores mais conservadores com suas propostas polêmicas sobre educação e imigração.
Essa estratégia o transformou na estrela em ascensão da direita americana e em um dos republicanos favoritos às eleições presidenciais de 2024, embora ele ainda não tenha anunciado sua candidatura.
L.Torres--PC