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Por que as empresas mexicanas estão tranquilas apesar das ameaças de Trump?
Os empresários mexicanos saboreiam há décadas as vantagens do livre comércio na América do Norte, mas momentos amargos também forjaram sua experiência, como o desafio tarifário imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Embora reconheçam a incerteza que paira sobre o tratado entre Canadá, Estados Unidos e México (T-MEC) devido às tarifas de 25% anunciadas, industriais consultados pela AFP estão otimistas quanto ao futuro desse mercado, que movimenta 776 bilhões de dólares (R$ 4,54 trilhões) por ano.
Aqui estão as razões dessa confiança, atenuada pela realidade de que alguns de seus clientes estão suspendendo decisões de negócios até que o panorama fique mais claro.
- Experiência -
Em sua empresa em Tijuana (fronteira com os Estados Unidos), onde enormes máquinas fabricam componentes eletrônicos para diversas indústrias, Marco Antonio López conhece em detalhes a dinâmica comercial da região.
Empresas maquiladoras desse setor, como a SMK Electronics, presidida por López, existem na região pelo menos desde a década de 1970 e já passaram por oscilações econômicas, como a crise mexicana de 1994 e a primeira presidência de Trump (2017-2021), quando o magnata ameaçou retirar os Estados Unidos do então Acordo de Livre Comércio da América do Norte (TLCAN).
As cerca de 6.400 maquiladoras que existem no México dependem do T-MEC porque importam temporariamente insumos para fabricar um produto e depois exportá-lo para os Estados Unidos e outros países.
"Enfrentamos muitas crises. A gestão anterior de Trump não foi tão drástica, mas foi muito semelhante, e aprendemos a nos adaptar", diz López. "A indústria na fronteira tem uma capacidade de adaptação muito grande (...) e o investimento é tão alto que será difícil que desapareça."
Embora compartilhe essa perspectiva, uma empresa do setor automotivo, que pediu para não ser identificada, reconhece que o setor emblemático do T-MEC será afetado pelas tarifas.
"O comércio na região continuará, mas o crescimento será reduzido de maneira significativa, os produtos ficarão mais caros e haverá uma evidente perda de competitividade", disse a empresa à AFP.
- Interdependência -
Além de tequila e abacates, o México é um importante fornecedor de veículos, autopeças, equipamentos mecânicos e eletrônicos para o mercado dos Estados Unidos. Essa interdependência econômica permitiu que a América do Norte se tornasse uma plataforma manufatureira eficiente.
Um exemplo do fornecimento mexicano é a indústria aeroespacial, que fabrica componentes especializados para empresas do setor, como Boeing e General Electric, na cidade de Monterrey (norte), o coração industrial do país, e no estado central de Querétaro.
Somente o desenvolvimento de uma peça para uma turbina pode levar de dois a três anos. Se as tarifas forem impostas e os preços aumentarem, as empresas americanas terão dificuldade em encontrar um fornecedor local que substitua uma empresa mexicana.
"Fazer uma mudança de fornecedor nesse setor é um processo bastante complicado", explica Erik Palacios, diretor do cluster aeroespacial de Monterrey, que reúne cerca de 40 empresas.
Os clientes "continuariam comprando a um preço mais alto enquanto desenvolvem um fornecedor local" nos Estados Unidos, acrescenta o executivo.
Citando uma recente conversa com um diretor da americana Ford, o secretário (ministro) mexicano de Economia, Marcelo Ebrard, comentou que as duas fábricas mais produtivas da montadora estão no México, o que, em sua visão, indica que não há planos para realocá-las.
Com exportações que totalizaram 617,1 bilhões de dólares (R$ 3,6 trilhões) em 2024, o México é o principal parceiro comercial dos Estados Unidos.
Após anunciá-las em fevereiro, Trump adiou a entrada em vigor das tarifas até a próxima terça-feira, enquanto avançam as negociações comerciais atreladas a exigências para que Canadá e México controlem a migração e o narcotráfico.
- Visão de longo prazo -
As empresas consultadas pela AFP afirmam que seus planos de investimento são de longo prazo, indo além dos quatro anos do mandato de Trump na Casa Branca.
"As decisões nessas empresas não são tomadas para seis meses ou um ano. São planos de cinco a dez anos", explica Marco Antonio López.
Essa também é a visão da montadora alemã BMW, que tem uma fábrica de montagem no estado mexicano de San Luis Potosí.
"Não baseamos nossas decisões estratégicas de longo prazo em políticas ou incentivos políticos", disse um porta-voz da empresa à AFP.
O porta-voz destacou o investimento de 800 milhões de euros (R$ 4,86 bilhões) que a BMW anunciou no início de 2023 para a produção de baterias e a montagem de sua nova geração de veículos elétricos no México a partir de 2027.
O investimento estrangeiro direto no México totalizou 36,872 bilhões de dólares (R$ 215,2 trilhões) em 2024.
L.E.Campos--PC