Portugal Colonial - Após críticas, Trump tenta se apresentar como defensor dos valores da família

Após críticas, Trump tenta se apresentar como defensor dos valores da família

Após críticas, Trump tenta se apresentar como defensor dos valores da família

O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, vai tentar, na noite desta sexta-feira (30), mobilizar suas bases sobre os valores da família, no momento em que vem sendo criticado por sua posição ambígua sobre o direito ao aborto.

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O bilionário de 78 anos é o convidado de honra da reunião anual em Washington das "Mães pela Liberdade", uma associação conservadora fundada em 2021 que faz campanha pelos direitos dos pais e se tornou um estandarte das "guerras culturais" nos Estados Unidos, especialmente contra os direitos LGBTQIA+.

A associação se opõe à abordagem de temas como identidade de gênero e orientação sexual nas escolas.

Trump se gaba de ter permitido o cancelamento, em 2022, da garantia constitucional do direito ao aborto mediante a nomeação de três juízes conservadores à Suprema Corte.

Mas as críticas dos democratas e o apoio de uma maioria da opinião pública ao direito ao aborto fazem com que o ex-presidente tenha agora muito mais cuidado com o que diz sobre o tema.

Trump disse que sua administração seria "genial" para os direitos reprodutivos, que é favorável a reembolsar a fertilização in vitro para que o país possa ter "mais bebês" e que o atual prazo de seis semanas para abortar na Flórida, estado onde reside, é "curto demais".

O tema será objeto de um referendo na Flórida no dia das eleições e em um punhado de outros estados onde a disputa entre republicanos e democratas é bastante acirrada.

A questão da proteção do direito ao aborto é central no duelo entre Trump e a vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris, que acusa seu rival de mudar de opinião continuamente.

Os conservadores também o acusam de trair o movimento antiaborto ao mudar de posição sobre o tema.

A equipe de campanha de Trump se retratou rapidamente dos comentários sobre a Flórida, dizendo que ele não especificou como vai votar no referendo.

"A maioria dos americanos apoia o acesso ao aborto, apoia a fecundação in vitro, apoia os anticoncepcionais. Ele entendeu isso finalmente e fará qualquer coisa para desviar a atenção de seu histórico abismal e horripilante sobre esse tema", declarou a jornalistas Mini Timmaraju, diretora da ONG Reproductive Freedom for All, em uma entrevista coletiva por telefone.

O tema se tornou um peso eleitoral para o Partido Republicano, fazendo com que muitos eleitores se voltassem para os democratas, que prometeram restaurar esse direito em todo o país.

C.Cassis--PC