Portugal Colonial - Novo dispositivo ajuda tetraplégicos a recuperar movimentos de braços e mãos

Novo dispositivo ajuda tetraplégicos a recuperar movimentos de braços e mãos
Novo dispositivo ajuda tetraplégicos a recuperar movimentos de braços e mãos / foto: Tauseef Mustafa - AFP/Arquivos

Novo dispositivo ajuda tetraplégicos a recuperar movimentos de braços e mãos

O que até agora é um experimento limitado pode em breve beneficiar mais pessoas paralisadas no dia a dia, já que cerca de 40 tetraplégicos recuperaram em parte o controle de seus braços e mãos graças à estimulação elétrica de sua medula espinhal.

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Segundo as conclusões do estudo publicado nesta segunda-feira (20) na revista Nature Medicine, esses resultados mostram "a segurança e a eficácia" de uma tecnologia que consiste em colocar eletrodos sobre a pele dos pacientes onde sua medula espinhal foi danificada por um acidente.

O ensaio foi realizado em vários lugares do mundo com cerca de 60 pacientes, uma amostra sem precedentes. No total, 40 recuperaram a força e a capacidade de usar seus braços e mãos, após dois meses de terapia com esse dispositivo.

A tecnologia, promovida pela startup Onward, "poderia mudar a vida de uma maioria de pacientes afetados por uma lesão na medula espinhal", afirmou o pesquisador americano Chet Moritz, líder do estudo, em uma coletiva de imprensa organizada pela Nature.

"Todo mundo acha (...) que queremos voltar a andar", disse na coletiva a jornalista britânica Melanie Reid, paralisada após sofrer uma queda de cavalo há 15 anos.

"Mas para um tetraplégico, o mais importante é poder utilizar as mãos", explicou Reid, que, depois de ser beneficiada pelo dispositivo, agora pode mexer na tela do celular.

Esse sistema também é interessante do ponto de vista prático, pois basta aplicar os eletrodos sobre a pele, sem a necessidade de implantá-los por meio de procedimentos cirúrgicos.

O dispositivo também não precisa ser usado de forma permanente para funcionar, pois com o tempo seus efeitos parecem ser mantidos, já que ele contribui para o desenvolvimento de novas conexões entre o cérebro e os membros afetados.

T.Batista--PC