- A Hungria de Orban, uma terra de asilo esportivo para Israel
- Austrália proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais
- Rússia ataca sistema energético ucraniano em resposta ao uso de mísseis ATACMS contra o seu território
- Artistas mulheres em Cuba levantam a voz contra a violência e o racismo
- Tempos difíceis para as democracias liberais após ano eleitoral recorde
- Exército do Líbano envia soldados ao sul do país no segundo dia de trégua
- Gangues suecas recrutam menores como matadores de aluguel nas redes sociais
- COP16 da biodiversidade será retomada em fevereiro em Roma
- Nevasca deixa três mortos na Coreia do Sul
- Rapper P. Diddy tem liberdade condicional negada
- Governo anuncia corte de R$ 70 bilhões em gastos públicos
- Fóssil de crocodilo de entre 10 a 12 milhões de anos é descoberto no Peru
- Dortmund vence Dínamo de Zagreb (3-0) e fica entre os líderes na Champions
- Autoridades pedem que não se use lago salgado nos EUA para 'marinar' perus de Ação de Graças
- Presidente palestino prepara terreno para sucessão
- Aston Villa e Juventus empatam sem gols na Champions
- Liverpool vence Real Madrid (2-0) e se mantém 100% na Champions
- Morre em Israel o homem que executou Eichmann na forca
- F1 renova contrato com circuito de Monza até 2031
- Presidente eleito do Uruguai viajará ao Brasil para encontro com Lula
- Ambientalistas salvadorenhos denunciam criminalização de sua luta
- Vídeo de Kamala Harris é alvo de chacota entre republicanos
- Nicarágua faz nova concessão de mineração a empresa chinesa
- EUA sanciona chefes de segurança e ministros de Maduro por 'repressão'
- Regulação das redes sociais chega ao STF
- Gabriel Milito, da corda bamba à final da Libertadores
- Lula diz que França 'não apita' em acordo UE-Mercosul
- Artur Jorge, o 'caça-fantasmas' do Botafogo
- Trump nomeia general reformado como enviado para Ucrânia e Rússia
- Ex-presidente argentino Fernández depõe por suposta administração fraudulenta
- Francês que submetia esposa a estupros era 'bom pai e avô', diz sua advogada
- Cerca de cem cartas eróticas do pintor francês Gustave Courbet são reveladas
- EUA sanciona chefes de segurança e ministros de Maduro por 'repressão' na Venezuela
- Lamine Yamal vence o prêmio Golden Boy de melhor jogador sub-21 do ano
- Fifa destinará mais de R$ 290 milhões para OMS, OMC e Acnur
- México afirma que EUA daria ‘tiro no pé’ com tarifa de 25% sobre importações
- Inflação a 12 meses nos EUA sobe para 2,3% em outubro
- Dieta alimentar dos dinossauros explica sua supremacia
- Luis Suárez renova com o Inter Miami até o final de 2025
- China liberta três americanos detidos 'injustamente'
- Sapatos vermelhos usados em 'O Mágico de Oz' serão leiloados em dezembro
- Café arábica registra preço recorde devido à seca no Brasil
- Federação inglesa abre nova investigação contra árbitro David Coote por corrupção
- STF nega pedidos de habeas corpus Robinho, que continuará preso
- O ano 2024 em 12 acontecimentos marcantes no mundo
- Vicario, goleiro do Tottenham, ficará 'meses' afastado por lesão no tornozelo
- Medalhista olímpico indiano é suspenso por 4 anos após recusar exame antidoping
- Votação da nova Comissão Europeia evidencia divisão entre eurodeputados
- Em Edimburgo, sem-teto se tornam guias turísticos
- Ucrânia e Coreia do Sul concordam em compartilhar informações militares
Panamá realiza eleições com incerteza sobre candidato favorito
O Panamá realizará no domingo (5) eleições inéditas marcadas pelo desafio da candidatura do opositor direitista José Raúl Mulino, favorito à conquista da presidência, em um país atingido pela corrupção, pela falta d'água no canal interoceânico e pela crise migratória da floresta de Darién.
Dos oito nomes na disputa, Mulino lidera nas intenções de voto com mais de 30%, após substituir o ex-presidente Ricardo Martinelli, que foi inabilitado devido à uma pena de 11 anos de prisão por lavagem de dinheiro.
A cerca de 15 pontos atrás estão o ex-presidente social-democrata Martín Torrijos (2004-2009), filho do general Omar Torrijos, que negociou com Washington a entrega do canal ao Panamá; e dois candidatos de centro-direita, o ex-cônsul Ricardo Lombana e o ex-chanceler Rómulo Roux.
Mas o resultado é imprevisível: a Justiça estuda, no último minuto, uma impugnação contra a decisão do Tribunal Eleitoral de permitir que Mulino substitua Martinelli sem ter sido eleito nas primárias.
Diante desta incerteza, três dos 4,4 milhões de panamenhos são convocados a eleger um presidente para os próximos cinco anos, em turno único e por maioria simples, além de 71 deputados e novos comandos para os governos locais.
- "Roubou, mas fez" -
Em fevereiro, pouco antes da emissão de seu mandado de prisão, Martinelli se refugiou na embaixada da Nicarágua, de onde fez campanha para seu sucessor, com autorização do governo de Daniel Ortega e apesar dos protestos do Panamá.
O próximo governante terá que lidar com a desconfortável questão do ex-presidente.
"A única certeza é que, se Mulino vencer, tudo o que avançamos ao levar casos de corrupção de alto nível, incluindo Martinelli, aos tribunais de Justiça, será apagado com algum formato legal (anistia, perdão). Será o triunfo da impunidade", declarou Lina Vega, presidente da Transparência Internacional no Panamá.
Apesar da condenação e de outros problemas judiciais, Martinelli é apoiado por muitos panamenhos ávidos pela prosperidade econômica que o país viveu durante o seu governo (2009-2014). "Ele roubou, mas fez", dizem alguns.
- Canal do Panamá frente à mudança climática -
O presidente Laurentino Cortizo, do Partido Revolucionário Democrático (PRD, social-democrata), deixa o mandato sob atos de corrupção em sua gestão e devido à agitação social do final de 2023, desencadeada pelo funcionamento de uma mina de cobre cuja operação foi negociada pelo governo.
Seu sucessor, que segundo analistas governará com um Congresso fragmentado, terá que lidar com uma economia cujo crescimento cairá de 7,3% em 2023 para 2,5% em 2024, segundo o Fundo Monetário Internacional.
Também terá como desafio o fechamento da mina, a deterioração nos investimentos, vitais para o país, e uma dívida pública de 50 bilhões de dólares (258,5 bilhões de reais na cotação atual).
Para piorar a situação, o seu motor econômico, o Canal do Panamá, por onde passa 6% do comércio marítimo mundial, precisou reduzir o trânsito de navios devido à seca causada pela mudança climática e pelo fenômeno El Niño.
"A situação fiscal, o modelo econômico, particularmente a questão mineira, e a sustentabilidade do canal face à mudança climática" serão desafios para o novo governo, segundo a cientista política Claire Nevache.
- A questão de Darién -
Mais de meio milhão de migrantes, a maioria venezuelanos, passaram pela perigosa floresta panamenha de Darién, na fronteira com a Colômbia, em 2023, rumo aos Estados Unidos.
Muitos são vítimas de grupos criminosos e das intempéries da floresta.
"O próximo governo tem que priorizar" a abordagem da crise migratória, opinou a cientista política Cristina Guevara, para quem as autoridades devem reforçar sua presença na área e promover soluções regionais.
Mulino, que foi ministro da Segurança de Martinelli, prometeu "fechar" a passagem, mas nenhum dos outros candidatos apresentou planos concretos para resolver a situação.
Sobre outros temas, como a corrupção, os postulantes ao cargo citaram possíveis reformas constitucionais ou de Estado.
"É sempre o mesmo: mais corrupção enquanto as pessoas passam dificuldade porque tudo está mais caro", disse Angela Justavino, uma dona de casa de 53 anos.
As seções eleitorais vão abrir às 07h locais (09h de Brasília) e fechar às 16h (18h de Brasília).
V.Fontes--PC