Portugal Colonial - Von der Leyen busca segundo mandato como presidente da Comissão Europeia

Von der Leyen busca segundo mandato como presidente da Comissão Europeia
Von der Leyen busca segundo mandato como presidente da Comissão Europeia / foto: John MACDOUGALL - AFP

Von der Leyen busca segundo mandato como presidente da Comissão Europeia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou nesta segunda-feira (19) a sua candidatura a um segundo mandato, que embora esteja bem encaminhada, parece complicada em um momento em que a extrema direita mostra as suas ambições.

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A ex-ministra da Defesa alemã, membro da CDU – o partido conservador alemão liderado por muito tempo por Angela Merkel – recebeu o apoio da sua família política em uma reunião em Berlim, nesta segunda-feira.

"Devemos nos defender das divisões internas e externas. Estou confiante de que temos a força para isso, e essa é a tarefa que me impus", declarou à imprensa.

Nos seus cinco anos de mandato, a unidade da União Europeia foi posta à prova pelo Brexit, pela pandemia da covid-19, pela ofensiva russa na Ucrânia e pelas tensões entre Estados Unidos e China.

Von der Leyen foi eleita em 2019 com uma margem pequena. Agora, aos 65 anos, ela enfrenta a campanha com uma vantagem.

De acordo com as pesquisas, o Partido Popular Europeu (PPE), ao qual pertence o CDU de Von der Leyen e que conta com mais chefes de Estado e de governo da UE, sairá vitorioso.

Espera-se que Von der Leyen seja nomeada pelo PPE como líder de lista para as eleições europeias, durante um congresso que acontecerá nos dias 6 e 7 de março, em Bucareste, na Romênia.

As eleições europeias, que ocorrerão de 6 a 9 de junho, resultarão na renovação dos líderes das principais instituições da UE, incluindo a Comissão Europeia.

- Novos equilíbrios -

No entanto, quatro meses antes das eleições, os partidos de extrema direita não escondem a sua ambição, impulsionados pelas preocupações dos europeus sobre a desaceleração econômica, as regulamentações ambientais e as políticas de asilo.

Várias pesquisas apontam para uma forte ascensão do grupo Identidade e Democracia (ID), que inclui o Reagrupamento Nacional de Marine Le Pen (RN, França), o belga Vlaams Belang, o alemão AfD e o austríaco FPÖ, e poderá tornar-se o terceiro grupo do hemiciclo.

Se a direita radical sair mais forte das próximas eleições, corre o risco de endurecer a política de imigração e dificultar a aprovação de muitas leis, especialmente as ambientais.

Os deputados conservadores do PPE, cientes desta concorrência, lutam há um ano contra os projetos legislativos emblemáticos do Pacto Verde Europeu.

Confrontada com a crescente relutância em relação às regulamentações ambientais, Von der Leyen anunciou no outono boreal (primavera no Brasil) "uma nova fase" do Pacto, focada na competitividade empresarial.

O reforço da defesa europeia será também previsivelmente uma questão fundamental para a futura Comissão, especialmente tendo em conta o possível retorno de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos, o que poderá abalar o papel desse país nos pactos de segurança coletiva.

"Devemos reforçar a capacidade de defesa da Europa", declarou nesta segunda-feira Von der Leyen, que planeja criar um novo cargo de comissário da Defesa se for reeleita.

T.Vitorino--PC