Portugal Colonial - Vaticano critica possibilidade de França incluir direito ao aborto na Constituição

Vaticano critica possibilidade de França incluir direito ao aborto na Constituição
Vaticano critica possibilidade de França incluir direito ao aborto na Constituição / foto: JULIEN DE ROSA - AFP/Arquivos

Vaticano critica possibilidade de França incluir direito ao aborto na Constituição

O Vaticano se opôs, nesta quarta-feira (7), à inclusão da "liberdade garantida" para abortar na Constituição da França, uma medida aprovada pela Câmara Baixa do país, mas que ainda precisa do aval do Senado.

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"Como é possível justapor na Carta Magna de um Estado o direito que protege o indivíduo e o que legitima sua morte?", perguntou Massimiliano Menichetti, responsável pela Rádio Vaticano e a Vatican News.

A Santa Sé não comentou oficialmente o processo em andamento na França. O artigo de Menichetti representa uma posição não oficial do Vaticano, que é firmemente contrário ao aborto.

A França, seguindo uma iniciativa do presidente de centro Emmanuel Macron, busca proteger o acesso à interrupção da gravidez diante dos retrocessos ocorridos em outros países do mundo, como os Estados Unidos.

No final de janeiro, a Assembleia Nacional francesa aprovou por ampla maioria a reforma constitucional para incluir o direito ao aborto.

Mas a alteração ainda precisa ser aprovada pelo Senado, controlado pela oposição de direita, que já expressou suas reservas sobre o termo "liberdade garantida".

As pesquisas indicam que oito em cada dez franceses apoiam a proposta de Macron.

Em sua visita em setembro a Marselha, no sul da França, o papa Francisco lamentou o destino "dos não nascidos, rejeitados em nome de um falso direito ao progresso, que, pelo contrário, é uma regressão da pessoa".

"Foi uma mensagem poderosa de esperança, luz e compromisso que Francisco proferiu na França. No entanto, no final de janeiro, a Assembleia Nacional aprovou em Paris a inclusão do direito ao aborto na Constituição", disse o Vatican News.

Citando o papa, o veículo denunciou "o drama da rejeição da vida humana, que assume diferentes formas, desde a vida rejeitada dos migrantes até a das crianças não nascidas".

P.Sousa--PC