Portugal Colonial - Ações do grupo imobiliário chinês Evergrande sobem 28% na retomada das negociações

Ações do grupo imobiliário chinês Evergrande sobem 28% na retomada das negociações
Ações do grupo imobiliário chinês Evergrande sobem 28% na retomada das negociações / foto: STR - AFP

Ações do grupo imobiliário chinês Evergrande sobem 28% na retomada das negociações

As ações do grupo imobiliário chinês Evergrande subiram 28% nesta terça-feira (3) ao retomar as negociações na Bolsa de Valores de Hong Kong, suspensas na semana passada quando a empresa endividada anunciou que o presidente do conselho está sob investigação criminal.

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As ações da empresa imobiliária valorizaram 28% depois de uma sessão volátil em que subiram 60%, depois caíram para 10% e posteriormente voltaram a crescer.

"Parece que os ganhos são impulsionados pelo dinheiro especulativo", disse Willer Chen, analista de pesquisa da Forsyth Barr Asia Ltd, à Bloomberg.

Mas "com essa volatilidade, realmente não sei se há possibilidade de algum investidor ganhar dinheiro com estes títulos", acrescentou.

A Evergrande tornou-se um símbolo da crescente crise imobiliária chinesa, com várias empresas fortemente endividadas, o que suscitou receios de impacto na economia do país e até a nível global.

Na quinta-feira, a empresa revelou que o seu fundador e presidente, Xu Jiayin, era suspeito de "crime ou delito em infração da lei", depois de suspender a negociação das suas ações naquele dia.

Na véspera, a imprensa havia revelado que a polícia mantinha Xu sob vigilância em sua residência.

A empresa calcula que suas dívidas totalizavam US$ 328 bilhões no final de junho (R$ 1,5 trilhão na cotação da época).

A Evergrande alertou em setembro que não seria capaz de emitir uma nova dívida porque a sua subsidiária Hengda Real Estate Group estava sob investigação.

Depois disso, as reuniões marcadas para reestruturar sua dívida foram canceladas.

O setor imobiliário e da construção têm sido um pilar do crescimento da China – representam um quarto do PIB – e registraram um forte 'boom' nas últimas décadas.

Mas a enorme dívida contraída por suas principais empresas passou a ser considerada por Pequim como um risco inaceitável para a sua economia.

A crise de Evergrande agravou uma desaceleração ainda maior na segunda maior economia do mundo, o que levou o desemprego entre os jovens a níveis históricos.

P.Sousa--PC