Portugal Colonial - UE apresenta plano de emergência para ajudar Itália com migrantes em Lampedusa

UE apresenta plano de emergência para ajudar Itália com migrantes em Lampedusa
UE apresenta plano de emergência para ajudar Itália com migrantes em Lampedusa / foto: Handout - ANSA/AFP

UE apresenta plano de emergência para ajudar Itália com migrantes em Lampedusa

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou neste domingo(17) na ilha mediterrânea de Lampedusa um plano de emergência para ajudar a Itália a administrar a chegada recorde de migrantes a seu território e pediu solidariedade a seus aliados da UE.

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Von der Leyen e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, visitaram o centro de acolhimento de migrantes da pequena ilha saturada pelo desembarque de dezenas de milhares de pessoas nos últimos dias.

Após a visita, a chefe do Executivo europeu apresentou um plano de ajuda em dez pontos para administrar a situação atual, distribuir os solicitantes de asilo entre os membros do bloco e prevenir a repetição destes episódios, que pressionam os sistemas logísticos e administrativos da Itália.

O objetivo é combinar uma postura dura contra os traficantes de pessoas e uma simplificação das vias legais para que aqueles que se qualificam para asilo possam chegar à Europa.

Em curto e médio prazo, os aliados europeus da Itália, país de entrada nesta rota migratória, devem assumir a sua parte, estimou a presidente da Comissão Europeia.

"A migração irregular é um desafio europeu que necessita de uma resposta europeia", afirmou. "Pedimos aos demais Estados-membros (da União Europeia) que utilizem o mecanismo de solidariedade voluntária", acrescentou, sem mencionar a Alemanha, que recentemente decidiu deixar de receber migrantes provenientes de Itália.

As chegadas de migrantes a Lampedusa e seus deslocamentos para a Sicília e o restante da Itália continuaram neste domingo.

"Há cerca de 1.500 pessoas nesta manhã no centro de acolhimento" de Lampedusa, com capacidade para 400 pessoas, informou neste domingo a Cruz Vermelha italiana.

- Habitantes irritados -

Os habitantes da ilha, irritados com os desembarques de migrantes, receberam as autoridades europeias no aeroporto e ameaçaram bloquear a caravana.

Meloni e Von der Leyen seguiram para o porto onde estão atracadas dezenas de barcos de todos os tipos utilizados por migrantes, a maioria partiu da Tunísia.

Navios de ONGs, como o 'Geo Barrents' dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), que resgatou cerca de 500 migrantes em 11 operações, seguiam para grandes portos italianos. Dezenas de pequenos barcos continuam a travessia do Mediterrâneo diretamente para Lampedusa.

Entre segunda e quarta-feira, cerca de 8.500 pessoas, mais do que toda a população local, chegaram a bordo de 199 barcos, segundo dados da agência de migração da ONU.

Lampedusa, localizada a menos de 150 quilômetros da costa da Tunísia, é um ponto de chegada comum para migrantes do norte da África.

No total, mais de 127 mil migrantes irregulares chegaram às costas italianas desde o início do ano, quase o dobro em comparação com o mesmo período de 2022.

A.Silveira--PC