
-
Israel diz estar fragmentando Gaza para forçar Hamas a libertar reféns
-
'Eu voltarei', promete Haaland após lesão no tornozelo
-
Milei quer uma Argentina 'potência' que atraia habitantes das Malvinas
-
Verstappen busca 4ª vitória seguida no Japão e parar a McLaren
-
Tesla sobe em Wall Street após artigo sobre saída de Musk do governo Trump
-
Chanceler francês alerta para risco de confronto se negociações com Irã fracassarem
-
Condenado por agressão sexual, Ben Yedder assina com clube do Irã
-
Vendas mundiais da Tesla caem 13% no primeiro trimestre
-
Médicos criam marcapasso menor que um grão de arroz
-
LaLiga comunica que Barcelona não cumpriu fair play financeiro para inscrever Dani Olmo
-
Juiz arquiva acusações de corrupção contra prefeito de Nova York
-
Console Switch 2 estará disponível em 5 de junho, anuncia a Nintendo
-
IA chega no anime, mas Miyazaki do Ghibli é insubstituível, diz filho
-
Migrantes cubanos se conformam com o sonho mexicano por causa de Trump
-
Casa Branca adota estilo de comunicação da extrema direita
-
Exposição em Paris mostra vestígios milenares de Gaza
-
A alegria e a fúria de uma banda de rock em turnê na Ucrânia
-
Bloqueio israelense força o fechamento das padarias em Gaza
-
Ancelotti diz que nunca quis cometer fraude fiscal e culpa o Real Madrid
-
Auge das baterias provoca epidemia de intoxicação por chumbo em Bangladesh
-
Após longa hospitalização, papa Francisco enfrenta desafio de imagem pública
-
Reino Unido impõe autorização de viagem aos turistas europeus
-
Presidente salvadorenho Bukele se gaba de sua aliança 'de ferro' com Trump
-
MP da Espanha vai recorrer contra anulação da condenação de Daniel Alves por estupro
-
Junta birmanesa retoma 'atividades' contra os rebeldes após terremoto
-
Trump anuncia novas tarifas no 'Dia da Libertação'
-
China simula ataques durante manobras militares perto de Taiwan
-
Israel expande ofensiva em Gaza para tomar 'grandes áreas'
-
Trump sofre primeira derrota eleitoral após votação para Suprema Corte de Wisconsin
-
Ator Val Kilmer morre aos 65 anos
-
Fortaleza perde para Racing (3-0) em casa em sua estreia na fase de grupos da Libertadores
-
Gari resgata bebê no meio do lixo no Rio de Janeiro
-
EUA 'tem características de autocracia', diz Arias após ter o visto cancelado
-
Botafogo inicia contra Universidad de Chile luta pelo bi da Libertadores
-
Juiz suspende plano de Trump de revogar status de proteção de venezuelanos
-
Junta militar do Níger liberta ministros de governo deposto
-
Escritório de advocacia do marido de Kamala fecha acordo com Trump
-
Chefe da Boeing admitirá 'graves erros' dos últimos anos no Senado dos EUA
-
Real Madrid empata com Real Sociedad (4-4) na prorrogação e vai à final da Copa do Rei
-
Cinemas dos EUA pedem prazo de 45 dias para filmes chegarem ao streaming
-
Turquia multa Meta por manter contas ligadas a protestos
-
EUA vai enviar segundo porta-aviões para o Oriente Médio
-
PSG vira sobre Dunkerque (4-2) e vai à final da Copa da França
-
Os quatro Beatles terão suas cinebiografias em 2028
-
Bielefeld, da 3ª divisão, surpreende Leverkusen (2-1) e vai à final da Copa da Alemanha
-
Arsenal vence Fulham no retorno de Saka, mas perde Gabriel Magalhães lesionado
-
Milhares de húngaros protestam contra lei que proíbe parada do Orgulho
-
Rússia e Ucrânia notificam EUA sobre bombardeios contra instalações de energia
-
EUA admite 'erro' na expulsão de migrante para El Salvador
-
Departamento de Saúde dos EUA inicia demissão de 10 mil trabalhadores

Brasil, prestes a se tornar o maior exportador de milho do mundo
Em sua fazenda em Sinop, no Mato Grosso, o produtor rural Ilson José Redivo terminou o plantio de milho há algumas semanas, imediatamente depois da colheita de soja no mesmo terreno.
A "safrinha", que começou nos anos 1980 como um cultivo secundário, superou há uma década a colheita de verão e, graças a ela, espera-se que o Brasil alcance um novo recorde de produção.
Com isso, o país pode superar os Estados Unidos como maior exportador de milho, algo que aconteceu apenas em 2013.
Nesta região do Centro-Oeste, os campos se estendem até perder de vista.
Ilson José encadeia as duas culturas, soja e depois milho, em "quase 100%" de suas terras, que ocupam 1.550 hectares. A colheita do grão acontece em junho.
A produção brasileira de milho deve alcançar 124,9 milhões de toneladas (+10,4% em relação ao ano passado), das quais 76,3% correspondem a esta segunda safra, segundo o último relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), publicado na semana passada.
E tudo isso apesar do "atraso na colheita de soja" devido ao "excesso de chuva" em Mato Grosso, o principal produtor de soja e milho do país e onde o inverno temperado e a distribuição de chuvas possibilitam uma segunda safra anual.
- Com ajuda dos transgênicos -
O aumento do preço do milho, impulsionado especialmente pela abertura de usinas de etanol produzido com base neste cereal a partir de 2017, estimulou os produtores a investirem na "safrinha", explica o produtor rural à AFP.
"A segunda safra de milho se tornou mais atrativa, compramos mais fertilizantes, sementes geneticamente melhoradas e máquinas agrícolas que permitem um plantio mais rápido e preciso", afirma Ilson José.
Além disso, foi possível "aumentar a superfície" destinada ao grão, "melhorar nossa produtividade e, com isso, aumentar nossa produção de forma significativa".
As variedades transgênicas ocupam atualmente quase a totalidade dos campos de milho no país.
Com as previsões atuais de produção, "o país deve aumentar seu excedente para exportação", opina João Pedro Lopes, analista de mercado de commodities para a consultoria StoneX.
Existe alta demanda pelo milho brasileiro, em especial devido aos problemas que enfrentam exportadores tradicionais como Estados Unidos e Argentina, afetados pelo clima, e também a guerra na Ucrânia.
Ademais, essa demanda é impulsionada pela abertura do mercado chinês, após a assinatura de um acordo entre o governo brasileiro e Pequim no início de 2022, destaca Lopes.
- Desafios -
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), o Brasil poderia exportar 52 milhões de toneladas de milho este ano, frente às 31,9 milhões de toneladas em 2022, e superar assim o país norte-americano, cujas projeções de exportação são estimadas em 49 milhões de toneladas.
"O Brasil está se impondo como concorrente dos Estados Unidos e tem capacidade de fazer sua produção crescer ainda mais. Ainda há muita superfície disponível para o cultivo", em espaços agrícolas já existentes, "e podemos melhorar nossa produtividade", garante Enori Barbieri, vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho).
Contudo, para continuar melhorando o seu desempenho internacional, ao mesmo tempo em que lida com uma demanda interna crescente - impulsionada pelas necessidades do setor de proteína animal e de etanol -, o Brasil deverá superar alguns desafios.
O país deve "ter condições de elevar os investimentos em máquinas e equipamentos no campo", para que "as atividades de semeio e colheita sejam realizadas de forma mais acelerada", além de continuar melhorando "a infraestrutura logística para o escoamento da produção", adverte Lucilio Alves, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea).
Por outro lado, a capacidade de armazenamento continua sendo insuficiente, assinala Ricardo Arioli, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
De acordo com as suas estimativas, o déficit de armazenamento apenas em Mato Grosso foi "de quase 60 % nas últimas safras" de soja e milho.
H.Silva--PC