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![O retorno emotivo do fotógrafo da AFP Sameer al-Doumy à sua cidade na Síria](https://www.portugalcolonial.pt/imagesDefaultCategories/53580a5c-4753-3952-9e78-19bd986d79c3.jpeg)
O retorno emotivo do fotógrafo da AFP Sameer al-Doumy à sua cidade na Síria
Em 2017, o único desejo do fotógrafo sírio da Agence France-Presse Sameer al-Doumy era fugir de Douma, cidade sitiada pelas forças governamentais sírias, sem saber se poderia voltar algum dia.
Com a queda do regime de Bashar al Assad, o jovem fotógrafo está de volta à sua cidade natal em uma missão com a equipe da AFP, esperando que sua família, separada por anos de guerra, volte a se reunir.
"Meu maior sonho era voltar para a Síria nestas circunstâncias, após 13 anos de guerra, assim como meu maior sonho em 2017 era deixar o país em busca de uma vida nova", afirma.
Todo o seu círculo familiar próximo está no exílio, com exceção de uma irmã, que continua em Damasco.
- "Mortos ou desaparecidos" -
"A revolução era um sonho, minha saída da cidade sitiada era um sonho, como era sair da Síria e o fato de poder voltar (...) Tínhamos perdido a esperança de poder voltar algum dia ou que o regime de Assad caísse", explica o fotógrafo.
Sameer, que deixou a cidade aos 19 anos, conseguiu voltar para casa, onde viveu toda a infância e a adolescência, e onde atualmente mora uma prima.
"A casa não mudou, mas os bombardeios destruíram o último andar do edifício", assegura. "A sala de estar continua igual, a querida biblioteca do meu pai continua no lugar", conta o jovem, que tentou, sem sucesso, encontrar objetos de sua infância.
"Não me senti reconfortado aqui, talvez porque não encontrei ninguém da minha família, nem pessoas próximas. Algumas deixaram o país e outras morreram ou desapareceram", acrescenta.
"Minhas lembranças estão aqui, mas estão associadas à guerra, que começou quando eu tinha 13 anos", relata.
- Um novo sonho -
Douma sofreu um cerco implacável das forças de Assad desde o fim de 2012. Em agosto de 2013, um ataque químico atribuído ao regime na região matou mais de 1.400 pessoas, segundo os Estados Unidos.
Sameer lembra de seu primeiro contato com a fotografia, depois do fechamento das escolas, saindo para imortalizar as manifestações realizadas em frente à grande mesquita.
"Ficava com a minha câmera no primeiro andar, que dava para a mesquita e depois trocava de roupa para que não me reconhecessem ou prendessem. Filmar as manifestações era proibido", explica.
Em maio de 2017, o jovem decidiu fugir por um túnel escavado pelos rebeldes e acabou parando no enclave rebelde de Idlib, juntamente com ex-combatentes rebeldes e suas famílias.
"Assumi o nome Sameer al-Doumy para levar minha cidade comigo, para lembrar que tenho uma identidade e que pertenço a um lugar. E renunciei ao meu nome de batismo, Motassem, para proteger minha família, que vivia em Damasco", explica.
O jovem fotógrafo, que mora na França, assegura que tem uma "vida estável" e "feliz".
"Tenho uma família, amigos, um trabalho, mas não pertenço a um lugar em particular. Quando voltei para a Síria, senti que não tinha um país", conta Sameer, que afirma não ter conseguido segurar as lágrimas, enquanto caminhava pelo bairro Midan, em Damasco.
"Fiquei triste por não ver meus entes queridos ali. Mas sei que vão voltar, embora leve algum tempo. Hoje, o sonho é que voltemos a nos encontrar na Síria", afirma.
O.Salvador--PC