Portugal Colonial - Armeira de ‘Rust’ tem pedido de novo julgamento por morte em set negado

Armeira de ‘Rust’ tem pedido de novo julgamento por morte em set negado
Armeira de ‘Rust’ tem pedido de novo julgamento por morte em set negado / foto: Eddie MOORE - POOL/AFP

Armeira de ‘Rust’ tem pedido de novo julgamento por morte em set negado

Hannah Gutierrez, a armeira do filme "Rust", cuja diretora de fotografia morreu baleada no set, continuará presa depois que a justiça dos Estados Unidos negou, nesta segunda-feira (30), moções por um novo julgamento e por sua libertação imediata.

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Gutierrez era responsável pelos acessórios e armas cenográficas no set de gravações desse faroeste protagonizado por Alec Baldwin, no Novo México.

O ator ensaiava uma cena em outubro de 2021, quando uma bala disparada de seu revólver atingiu fatalmente a diretora de fotografia, Halyna Hutchins, e feriu o diretor do filme, Joel Souza.

Gutierrez foi condenada em abril a 18 meses de prisão por homicídio culposo.

Baldwin compareceu ao tribunal em julho para responder pela mesma acusação, mas durante o julgamento descobriu-se que um ex-policial entregou aos investigadores um conjunto de balas semelhantes à do crime.

No entanto, as balas fornecidas pelo ex-policial Troy Teske não foram examinadas nem incluídas no processo do caso. Por isso, a defesa de Baldwin não teve acesso a elas e pediu a anulação do caso por supressão de provas.

A juíza Mary Marlowe Sommer anulou o caso, por considerar que essa omissão da promotoria comprometia o processo.

Gutierrez aproveitou então a situação para pedir a anulação de seu julgamento ou um novo processo, assim como sua libertação imediata.

Os advogados da jovem, também conhecida como Hannah Gutierrez Reed, argumentaram que a promotora responsável pelo caso, Kari Morrissey, "mentiu várias vezes ao tribunal" e escondeu provas que poderiam ser relevantes para o caso contra Gutierrez.

A Promotoria respondeu explicando que Teske ofereceu as balas inicialmente à defesa de Gutierrez, que até o incluiu em sua lista de potenciais testemunhas.

"A munição apresentada por Teske não se qualifica, legalmente, como evidência material, pois estava disponível para a ré antes e durante o julgamento", afirmou a juíza, que também negou o pedido da defesa para libertar Gutierrez.

Como armeira do filme, Gutierrez tinha a responsabilidade de levar a munição para o set. Foi ela quem carregou o revólver antes de Baldwin usá-lo no dia da tragédia.

A investigação nunca explicou como a bala real que matou Hutchins entrou no set.

H.Silva--PC