Portugal Colonial - Cate Blanchett e Nicole Kidman e o trilher erótico de volta a Veneza

Cate Blanchett e Nicole Kidman e o trilher erótico de volta a Veneza
Cate Blanchett e Nicole Kidman e o trilher erótico de volta a Veneza / foto: VALERIE MACON - AFP/Arquivos

Cate Blanchett e Nicole Kidman e o trilher erótico de volta a Veneza

O thrilher erótico, adaptado ao olhar feminino, volta ao Festival de Veneza com dois dos rostos mais conhecidos de Hollywood, Nicole Kidman e Cate Blanchett.

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Kidman flertou com a infidelidade em "De Olhos Bem Fechados" (1999) e nos últimos anos tem alternado com sucesso séries televisivas do mesmo tom ("Big little lies", "Expatriadas") e projetos cinematográficos ("Um assunto de família").

Nesta sexta-feira, a mostra competitiva de Veneza assiste "Babygirl". A atriz afirmou à revista Vanity Fair que o filme a marcou pelas cenas de sexo explícito e pela relação de confiança com sua diretora, a holandesa Halina Reijn, 49 anos, que está em seu terceiro filme, o primeiro selecionado para um grande festival.

"Explorei muitos temas através do prisma da sexualidade em meus filmes", disse Nicole Kidman à revista. "Nunca a evitei ou tentei fingir que não existia".

No entanto, filmá-lo foi "uma sensação muito estranha. É algo que normalmente se faz e reserva para seus vídeos pessoais. Não é para ser visto por todos", confessou.

Em "Babygirl", a atriz australiana-americana de 57 anos interpreta uma empresária casada com um diretor de teatro (Antonio Banderas, 64 anos).

"Insatisfeita sexualmente em seu relacionamento, ela busca consolo em um relacionamento sadomasoquista com um jovem estagiário, pelo qual arrisca sua carreira e sua família", descreveu o diretor do Festival, Alberto Barbera.

O jovem é interpretado por Harris Dickinson, 28 anos, revelado em "Triângulo da Tristeza", vencedor da Palma de Ouro em Cannes em 2022.

- Cuarón "apavorado" -

Estrela da série "Disclaimer" da Apple TV, Cate Blanchett também faz o papel de uma mulher de sucesso, uma jornalista casada com um alto executivo de uma ONG humanitária (Sacha Baron Cohen), que cometeu um deslize com um jovem há décadas e agora sofre as consequências.

Alguém publica misteriosamente um romance que conta exatamente o que aconteceu.

O mexicano Alfonso Cuarón ("Roma") assina esta série de sete episódios com cenas quentes, embora com uma peculiaridade: a personagem de Blanchett 20 anos mais nova é interpretada por outra atriz, Leila Georges.

Os primeiros episódios foram exibidos na noite de quinta-feira no Lido, com grande recepção do público.

"A vergonha, os arrependimentos e as lições que podemos aprender com isso são muito poderosos", explicou Blanchett na conferência de imprensa.

Cuarón adaptou um romance de sucesso para criar o trilher. Diretor veterano, duas vezes vencedor do Oscar, tem experiência com séries de televisão. Mas confessou à imprensa que ficou "apavorado" com a possibilidade de Blanchett recusar o papel.

"Foi com ela que imaginei todo o projeto desde o início", confessou.

- Novos olhares -

"Atração Fatal", "Instinto Selvagem", "9 Semanas e Meia"... o gênero thriller erótico teve seu auge no cinema das décadas de 1980-1990, mas precisou inovar após o movimento #MeToo.

Os roteiros começaram a diversificar-se em filmes como "Retrato de uma Jovem em Chamas", sobre o desejo e o olhar feminino, além de práticas de filmagem, com a adoção sistemática nos Estados Unidos de coordenadores de intimidade.

Clássico do erotismo, "Emmanuelle", dirigido pela diretora francesa Audrey Diwan, abrirá o Festival de San Sebastián em 25 de setembro.

Nogueira--PC