- Protesto exige que presidente dominicano faça deportações maciças de haitianos
- 'Nunca vou desistir', diz Trump na cidade onde sofreu tentativa de assassinato
- Argentina tem dois desfalques para jogos contra Venezuela e Bolívia pelas Eliminatórias
- Monaco vence Rennes (2-1) e assume liderança provisória do Francês
- Com gol de Vini, Real Madrid vence Villarreal (2-0) e coloca pressão sobre líder Barça
- Inter de Milão vence Torino (3-2) com hat-trick de Thuram
- Israel, em alerta máximo antes do aniversário do 7/10, promete responder ataque do Irã
- Milhares vão às ruas de várias cidades em apoio a Gaza, um ano após o 7/10
- Trump retorna a Butler, cidade onde quase foi assassinado
- Após surpreender Real Madrid, Lille vence Toulouse de virada na Ligue 1
- Na Carolina do Norte, vale segue quase incomunicável uma semana após furacão Helene
- Alisson se lesiona e vai desfalcar Brasil nas Eliminatórias; Weverton é convocado
- País mais afetado por surto de mpox, RD Congo começa campanha de vacinação
- Liverpool bate Crystal Palace e é líder da Premier; City e Arsenal vencem de virada
- Milhares marcham em Londres em apoio a Gaza, um ano depois de 7 de outubro
- Irã é uma 'ameaça permanente', diz presidente de Israel antes de aniversário do 7/10
- Greta Thunberg é presa durante manifestação em Bruxelas
- Crianças israelenses sobreviventes do 7 de outubro buscam consolo na música
- Leverkusen sofre empate (2-2) em casa diante do modesto Kiel
- Fonte do Hezbollah diz que não há contato com dirigente do grupo desde sexta
- Macron pede interrupção de envio de armas a Israel para uso em Gaza
- Quatro migrantes, incluída uma criança, morrem em travessia do Canal da Mancha
- Hezbollah diz que há enfrentamentos com tropas israelenses na fronteira do Líbano
- Trump diz que Israel deveria 'atingir' instalações nucleares iranianas
- Olympique de Marselha tropeça com Angers (1-1) na abertura da rodada do Francês
- Representante de Comércio dos EUA defende aumento de tarifas alfandegárias
- EUA atacam alvos huthis no Iêmen (Exército)
- Biden diz não saber se eleições americanas serão pacíficas
- Ministro libanês teme que seu país se torne 'nova Faixa de Gaza'
- Dorival convoca Alex Telles para substituir Guilherme Arana
- Suprema Corte dos EUA decidirá se autoriza ação apresentada por México contra fabricantes de armas
- Evo Morales trata como 'mentira' e 'caso encerrado' suposto abuso de menor na Bolívia
- Napoli vence Como (3-1) e segue líder do Campeonato Italiano
- Público e imprensa viram vídeos e fotos do julgamento por estupro na França
- X afirma ter pago as multas para sua reativação no Brasil
- Coproprietário do United evita falar sobre futuro de Ten Hag
- Suspensão de Pogba por doping é reduzida de 4 anos para 18 meses
- Daniel Maldini é convocado pela seleção da Itália pela 1ª vez
- Governo do Haiti condena ataque 'brutal' de gangue que deixou ao menos 70 mortos
- Rodada do Campeonato Inglês promete emoções antes da data Fifa
- Musiala desfalcará Bayern e seleção alemã por lesão no quadril
- Corte europeia considera que regras da Fifa sobre transferências violam direito da UE
- O que saber sobre as eleições municipais no Brasil
- Número 1 do mundo, Iga Swiatek encerra parceria com técnico Tomasz Wiktorowski
- Mercado de trabalho dos EUA se manteve sólido em setembro
- Ancelotti aponta 'falta de intensidade' como problema do Real Madrid
- Eleições nos EUA sentem os ecos do conflito no Oriente Médio
- Trabalho dia e noite: eleitores americanos tentam sobreviver ao fim do mês
- Morata retorna à seleção espanhola após lesão
- Bélgica anuncia lista de convocados sem Lukaku e De Bruyne
Pescadores nômades da Indonésia voltam à terra firme por causa da mudança climática
Os pescadores nômades indonésios do povo Bajau, capazes de mergulhar até 15 metros de profundidade, estão abandonando as águas turquesas para ganhar a vida em terra firme, vítimas da pesca exagerada e da mudança climática.
"Mudamos de ofício. Somos pescadores que trabalham em uma fazenda", diz Sofyan Sabi, membro dessa comunidade que navega nas águas da Celebes (Sulawesi, centro) há séculos.
"A agricultura dá lucros melhores porque posso plantar muitos produtos", acrescenta esse homem de 39 anos que planta milho e bananas.
Os Bajau vivem uma vida nômade em seus barcos com teto de palha no ritmo das ondas entre a Indonésia, a Malásia e as Filipinas.
Desde a infância, eles aprendem a mergulhar a profundidades de 10 a 15 metros para capturar peixes ou polvos que podem render até 500.000 rúpias por peça (28 euros ou 172 reais).
Os cientistas atribuem sua capacidade para mergulhar por muito tempo e em grande profundidade a uma provável mutação genética que teria aumentado o tamanho de seus braços, possibilitando seu sangue armazenar mais oxigênio.
Mas para centenas de Bajau do pequeno povoado insular de Pulau Papan, o modo de vida único de seus ancestrais praticamente desapareceu.
"Às vezes, não ganhamos nada indo ao mar", disse Sofyan à AFP.
A pesca excessiva e a alta das temperaturas tornaram as capturas no mar cada vez mais imprevisíveis, revela Wengki Ariando, pesquisador da Universidade Chulalongkorn de Bangcoc (Tailândia), para quem os Bajau "estão enfrentando uma diminuição dos recursos marinhos".
Com a alta das temperaturas, os hábitos de migração dos peixes mudam, os corais ficam esbranquecidos e a cadeia alimentar se modifica.
O resultado é que as reservas de peixes nas águas indonésias caíram 500.000 toneladas em cinco anos, passando de 12,5 milhões de toneladas em 2017 a 12 milhões em 2022, segundo o Ministério da Pesca.
"As reservas de peixes diminuem porque muita gente os captura", lamenta Arfin, pescador de 52 anos que, como muitos indonésios, tem apenas um nome.
O povo Bajau começou a se estabelecer na ilha de Pulau Papan há três gerações, diz Davlin Ambotang, que mora lá.
"Eles viram essa ilha como propícia para a construção de casas quando se estabeleceram lá. Eles não são mais nômades", diz ele.
Mas a vida em terra firme traz seus próprios desafios. Seu irmão administra um pequeno albergue, mas o estabelecimento recebe poucos visitantes, que são sistematicamente direcionados para as estruturas administradas pelas autoridades.
"Não há renda extra. O governo controla tudo", suspira Sofyan, que diz haver 'muitos conflitos entre as autoridades e os moradores locais'.
Até então apátridas, os Bajau se estabeleceram gradualmente em vilarejos semelhantes na esperança de obter o reconhecimento das autoridades.
"Os Bajau mudaram seus meios de subsistência porque, para serem aceitos como um povo na Indonésia, eles precisam ser sedentários", acrescentou Ariando. A campanha para registrá-los oficialmente começou na década de 1990, durante a ditadura de Suharto.
A.Santos--PC