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Príncipe William fechou acordo secreto com tabloide, afirma seu irmão Harry
O príncipe William, herdeiro britânico da coroa e príncipe de Gales, recentemente chegou a um acordo em um processo de hackeamento de telefone com um tabloide britânico, afirma seu irmão Harry em documentos judiciais divulgados nesta terça-feira (25).
Harry, de 38 anos, está em guerra contra a imprensa sensacionalista, a qual culpa pela morte de sua mãe Diana em 1997 em um acidente de trânsito em Paris, quando ela foi perseguida por paparazzi.
Harry lançou ações jurídicas contra os jornais britânicos, que ele acusa de coletar informações de forma ilegal, inclusive contra a News Group Newspapers (NGN), editora dos agora extintos Sun e News of the World, e que faz parte do império do magnata Rupert Murdoch.
A NGN rejeita as acusações de Harry, argumentando que são inoportunas.
Em documentos produzidos para uma audiência esta semana, os advogados do príncipe Harry revelam que William, com quem tem um relacionamento deteriorado, "recentemente" chegou a um acordo com a NGN "nos bastidores".
O gabinete do príncipe William se recusou a comentar.
Os documentos legais do príncipe Harry detalham que o atraso no processo se deve a um "acordo secreto" entre a família real e o grupo de imprensa.
Eles afirmam que a falecida rainha Elizabeth II esteve envolvida em "discussões e autorizações" sobre o acordo, que impediu que membros da família real processassem a NGN até que outros litígios relacionados às alegações de hackers fossem concluídos.
"A razão para isso foi evitar que um membro da família real fosse colocado no banco das testemunhas e contasse os detalhes das mensagens de voz privadas e altamente confidenciais que foram interceptadas", disse Harry.
Os documentos afirmam que Harry soube do trato em 2012. "Esse acordo" foi, segundo ele, um "fator importante para que não houvesse nenhuma reclamação de minha parte naquele momento", argumenta.
Harry e o cantor Elton John estão entre as seis figuras públicas que processam a editora do Daily Mail, que acusam de coletar informações ilegalmente, usando os serviços de detetives particulares.
A.Magalhes--PC