Portugal Colonial - Barco chinês no centro das suspeitas sobre corte de dois cabos submarinos no Báltico

Barco chinês no centro das suspeitas sobre corte de dois cabos submarinos no Báltico
Barco chinês no centro das suspeitas sobre corte de dois cabos submarinos no Báltico / foto: Mikkel Berg Pedersen - Ritzau Scanpix/AFP

Barco chinês no centro das suspeitas sobre corte de dois cabos submarinos no Báltico

A investigação sobre o corte de dois cabos de telecomunicações no mar Báltico está centrada em um barco chinês, o "Yi Peng 3", imobilizado há três dias em frente ao litoral dinamarquês e no meio de uma intensa atividade diplomática.

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O navio, construído em 2001 e de propriedade da empresa chinesa Ningbo Yipeng Shipping Co, está imobilizado desde terça-feira no estreito de Kattegat, entre Dinamarca e o litoral ocidental da Suécia.

A Defesa dinamarquesa indicou na quarta-feira que vigiava de perto a embarcação, que se encontra em águas internacionais.

O barco é objeto de intensas trocas diplomáticas entre Dinamarca, China e Suécia.

"A China trabalha atualmente com as partes afetadas, incluindo a Dinamarca, para manter uma comunicação fluida através das vias diplomáticas", afirmou um porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores nesta sexta-feira (22).

Na quinta-feira, Copenhague mencionou "contatos diplomáticos" com países, sem revelar quais, mas afirmou que tinha uma capacidade de intervenção limitada. "A Dinamarca não é proprietária dos cabos danificados e o navio está atualmente em águas internacionais", indicou o Ministério dinamarquês de Relações Exteriores à AFP.

As águas internacionais ficam de fora da jurisdição dos Estados, que não podem adotar medidas coercitivas contra um navio.

Na quarta-feira, a diplomacia chinesa rechaçou as suspeitas contra seu navio e ressaltou que sempre cumpriu com "suas obrigações" e "exigiu que os barcos chineses respeitassem escrupulosamente as leis e normas em vigor", segundo Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.

Atualmente, há duas investigações judiciais em curso, incluindo uma da polícia sueca por "sabotagem" dos cabos.

"Arelion", um cabo de telecomunicação que conecta a ilha sueca de Gotland com a Lituânia, foi danificado no domingo. O mesmo ocorreu na segunda com outro cabo submarino no Báltico, o "C-Lion", que conecta a Finlândia com a Alemanha.

O barco chinês estava na região quando os cabos foram danificados, indicaram portais de vigilância de tráfego marítimo.

A Marinha sueca, que ajuda a polícia em sua investigação, já conseguiu inspecionar o primeiro cabo teuto-finlandês, que se encontra entre 30 e 40 metros de profundidade. Na quarta-feira, começou a inspeção do cabo sueco-lituano.

"Estamos no local com um câmera submarina para ver o que pode ter acontecido", explicou Jimmie Adamsson, porta-voz da Marinha sueca, à AFP.

A Finlândia também abriu uma investigação por "danos criminosos agravados" e "interferências agravadas nas comunicações" pelos danos sofridos no cabo que a liga com a Alemanha.

Um barco da guarda-costeira finlandesa com investigadores a bordo se dirige para a região para verificar o cabo em questão, indicou a polícia finlandesa nesta sexta-feira.

O "Yi Peng 3" zarpou do porto russo de Ust-Luga, ao oeste de São Petersburgo, em 15 de novembro, segundo o portal VesselFinder.

L.Carrico--PC