Portugal Colonial - Polícia e civis haitianos matam 28 membros de gangues na capital

Polícia e civis haitianos matam 28 membros de gangues na capital
Polícia e civis haitianos matam 28 membros de gangues na capital / foto: Clarens SIFFROY - AFP

Polícia e civis haitianos matam 28 membros de gangues na capital

As forças de segurança e vários moradores de Porto Príncipe mataram, nesta terça-feira (19), 28 membros de gangues, em meio a uma ofensiva de grupos criminosos contra diferentes bairros da capital do Haiti, informaram as autoridades à AFP.

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Durante a madrugada, a polícia haitiana parou um caminhão e um micro-ônibus que transportavam membros de gangues no centro de Porto Príncipe e em Petion-Ville, área abastada nos arredores da cidade, informou à AFP Lionel Lazarre, porta-voz adjunto da Polícia Nacional Haitiana (PNH).

Nos dois encontros, a polícia abriu fogo contra membros das gangues, matando dez deles e obrigando os demais a fugir, acrescentou a fonte.

Agentes e grupos de autodefesa civil perseguiram os foragidos e os mataram.

Desde a semana passada, Porto Príncipe enfrenta um repique da violência por parte da "Viv Ansanm" (Viver Juntos), aliança da gangues formada em fevereiro, que conseguiu depor o então primeiro-ministro Ariel Henry.

Nas últimas horas, esta coalizão lançou uma ofensiva contra Petion-Ville e outros bairros da região metropolitana de Porto Príncipe, como Bourdon e Canapé Vert, após um chamado feito pelas redes sociais por um de seus líderes, Jimmy Chérisier, conhecido como "Barbacoa".

"Exigimos a renúncia do Conselho Presidencial de Transição (CPT). A coalizão 'Viv Ansanm' utilizará todos os seus meios para garantir a saída do CPT", declarou Chérisier na segunda-feira à noite.

Os ataques das gangues coincidem com uma crise política que se seguiu à destituição do primeiro-ministro Garry Conille pelo Conselho de Transição.

Seu substituto à frente do governo, o empresário Alix Didier Fils-Aimé, foi empossado na semana passada no cargo e prometeu restabelecer a segurança e organizar as primeiras eleições no Haiti desde 2016.

O Haiti, o país mais pobre das Américas, sofre há tempos com a violência de quadrilhas criminosas, acusadas de muitos homicídios, estupros, saques e sequestros.

Na capital, as ruas estão quase desertas nesta terça-feira depois que a Polícia e os moradores ergueram barricadas em vários bairros para deter a ofensiva das gangues.

Porto Príncipe também está isolada do resto do mundo após a decisão do organismo regulador da aviação americana (FAA) de proibir os voos comerciais de companhias americanas ao Haiti depois que três aviões foram alvos de tiros na segunda-feira.

Segundo um comunicado divulgado no sábado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 20.000 pessoas foram deslocadas na capital como consequência da violência das gangues armadas e da grave situação humanitária.

O.Gaspar--PC