Portugal Colonial - Presidente da Guatemala lamenta interferência de 'minoria corrupta' na eleição de juízes

Presidente da Guatemala lamenta interferência de 'minoria corrupta' na eleição de juízes

Presidente da Guatemala lamenta interferência de 'minoria corrupta' na eleição de juízes

O presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, lamentou nesta sexta-feira (4) o que chamou de interferência de uma "minoria corrupta" na eleição dos novos juízes da Suprema Corte, e exigiu uma reforma para resgatar o Judiciário.

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O Congresso, de maioria opositora, escolheu na véspera os 13 novos juízes da corte para o período 2024-2029, a partir de uma lista elaborada por uma comissão de nomeação, no encerramento de um processo criticado por ONGs, que questionaram a transparência da eleição e consideraram que "a disputa" foi vencida pelas "máfias".

“Sempre soubemos que o processo de eleição de cortes enfrentaria desafios contínuos, principalmente por parte dessa minoria corrupta, que resiste a desaparecer. Essa minoria ainda teve interferência no resultado da eleição”, disse Arévalo em coletiva de imprensa.

O presidente ressaltou que “persistem os desafios que impedem uma mudança mais profunda para a Justiça na Guatemala. Por isso, para este governo não resta dúvida de que a única via para um futuro que permita a consolidação e independência do sistema de justiça é reformá-lo de uma perspectiva completamente nova. Somente essa reforma nos permitirá seguir avançando".

O Poder Judiciário e o Ministério Público da Guatemala têm sido fortemente criticados por ONGs e pela comunidade internacional. A corte atual foi questionada por blindar a procuradora-geral, Consuelo Porras, sancionada pelos Estados Unidos e pela União Europeia, que a consideram “corrupta” e “antidemocrática”.

Segundo Arévalo, os novos juízes, que tomarão posse no próximo dia 13, têm “uma oportunidade única. Pode haver aqui um divisor de águas histórico". Ele pediu à população que os fiscalize e não permita que eles "voltem a fraudar a Justiça e roubar as instituições da democracia".

Nogueira--PC