Portugal Colonial - 'Vamos fazer ceder' o chavismo, diz líder opositora venezuelana

'Vamos fazer ceder' o chavismo, diz líder opositora venezuelana
'Vamos fazer ceder' o chavismo, diz líder opositora venezuelana / foto: Pedro Rances Mattey - AFP

'Vamos fazer ceder' o chavismo, diz líder opositora venezuelana

A líder opositora venezuelana María Corina Machado disse, nesta quarta-feira (28), que fará o chavismo governante "ceder", após a reeleição do presidente Nicolás Maduro, que considera fraudulenta.

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"Disseram que o regime não vai ceder, sabem que nós vamos fazê-lo ceder, e ceder significa respeitar a vontade expressa em 28 de julho", declarou Machado durante uma manifestação convocada um mês após as eleições nas quais garante que seu candidato, Edmundo González Urrutia, foi o vencedor.

"Este protesto não pode ser detido", acrescentou.

Machado saiu da clandestinidade para participar da concentração que reuniu centenas de pessoas. Ela chegou vestindo um suéter preto com capuz, que retirou ao subir no caminhão que servia de palco.

"Valente, valente!", gritavam enquanto ela passava.

"Precisamos nos proteger, nos cuidar", disse ela. "A cada dia que passa estamos avançando, temos uma estratégia robusta e está funcionando".

"Precisamos refletir sobre o que fizemos neste mês, é uma etapa difícil e nós sabíamos disso, sabíamos o que estava por vir", afirmou. "Conseguimos transformar a causa pela liberdade da Venezuela em uma causa mundial, uma causa global".

Não há ordem de prisão contra Machado, embora Maduro tenha solicitado que ela e González sejam presos.

Ele os culpa pelos atos de violência nos protestos pós-eleitorais, que deixaram 27 mortos – dois deles militares -, quase 200 feridos e mais de 2.400 detidos, entre os quais mais de 100 menores.

Machado disse temer por sua vida, ainda que tenha participado de outras manifestações.

Este é o quarto ato contra a proclamação de Maduro para um terceiro mandato de seis anos, até 2031, pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e ratificada pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), ambos acusados de servir ao chavismo.

"Estão enganados os que acreditam que o tempo favorece o regime, é exatamente o contrário, a cada dia que passa eles estão mais isolados (...) Não tem volta, vamos seguir em frente", insistiu Machado.

Maduro, enquanto isso, liderava uma visita a uma universidade científica em construção.

M.Gameiro--PC