Portugal Colonial - Policía mexicana mata estudante de Ayotzinapa em confronto por roubo de carro

Policía mexicana mata estudante de Ayotzinapa em confronto por roubo de carro
Policía mexicana mata estudante de Ayotzinapa em confronto por roubo de carro / foto: EDUARDO GUERRERO - AFP

Policía mexicana mata estudante de Ayotzinapa em confronto por roubo de carro

Um estudante da Escola Normal de Ayotzinapa morreu e outro ficou ferido após um confronto com a polícia no estado mexicano de Guerrero, no sul, em um incidente relacionado ao roubo de um veículo, informaram autoridades nesta sexta-feira (8).

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O incidente ocorreu na noite de quinta-feira (7), um dia depois de manifestantes da mesma escola invadirem o palácio presidencial do México, enquanto o presidente Andrés Manuel López Obrador realizava uma coletiva de imprensa, para exigir justiça pelo desaparecimento de 43 estudantes em 2014.

López Obrador informou nesta sexta-feira que os estudantes estavam em um carro roubado quando a polícia ordenou que parassem em uma guarita rodoviária, perto da entrada de Chilpancingo, a capital de Guerrero.

De acordo com o relatório da Secretaria de Segurança Pública de Guerrero, dentro do veículo, uma caminhonete branca, foram encontrados uma arma de fogo, cartuchos, "três saquinhos de uma substância cristalina e cervejas".

O pai de um dos 43 estudantes desaparecidos em 2014, Clemente Rodríguez, rejeitou a versão oficial e afirmou que os estudantes não estavam armados e que um vídeo de segurança mostra que eles apenas "se protegem atrás da caminhonete", enquanto "a polícia estadual atira neles".

Após o incidente, estudantes de Ayotzinapa foram protestar na noite de quinta-feira em Chilpancingo, onde incendiaram uma viatura da polícia, conforme apurado pela AFP.

O presidente mexicano garantiu que seu gabinete de segurança pedirá à procuradoria federal que assuma a investigação do caso "para esclarecer o que aconteceu e punir os responsáveis".

A tragédia de Ayotzinapa, executada por criminosos em conluio com policiais, é considerada uma das piores violações dos direitos humanos cometidas no México, que acumula cerca de 450.000 assassinatos e mais de 100.000 desaparecidos desde 2006, atribuídos principalmente ao crime organizado.

M.Carneiro--PC