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Outra ex-advogada de Trump se declara culpada em caso de interferência eleitoral na Geórgia
Outra ex-advogada de Donald Trump se declarou culpada, nesta terça-feira (24), das acusações relacionadas à suposta tentativa do ex-presidente dos Estados Unidos de alterar o resultado das eleições de 2020 no estado da Geórgia, no sul, e poderá testemunhar contra ele.
Jenna Ellis, de 38 anos, é a quarta pessoa, entre os 19 acusados neste caso, a formalizar um acordo de culpa.
Essas confissões enfraquecem a defesa de Trump, que é o favorito para as eleições de 2024 entre os republicanos.
Em um documento judicial, Ellis admitiu ter ajudado os advogados que lideravam a equipe, como Rudy Giuliani, a apresentar documentos falsos ao Senado do estado da Geórgia, em uma tentativa de reverter o resultado das eleições presidenciais a favor de Trump.
"Não fiz meu trabalho corretamente", admitiu em um comunicado na manhã desta terça-feira.
Ellis, que chorava no tribunal, disse que "como advogada e como cristã", deveria ter garantido que os fatos fossem verdadeiros.
"Acredito na integridade das eleições. Se soubesse o que sei agora, teria recusado representar Donald Trump nesses processos eleitorais pós-eleição", afirmou em um tribunal de Atlanta.
"E lembro de tudo com grande remorso", acrescentou.
Devido ao seu acordo judicial, a ex-advogada será poupada de uma possível pena de prisão.
Ela foi condenada a cinco anos de liberdade condicional, 100 horas de serviço comunitário e uma multa de US$ 5 mil (R$ 25 mil).
A acusação possui, no total, 19 pessoas listadas, incluindo Trump, e foi emitida em 14 de agosto fundamentada em uma lei sobre crime organizado da Geórgia, invocada pelo promotor Fani Willis.
No decorrer da semana passada, os outros advogados do ex-presidente, Kenneth Chesebro e Sidney Powell, se declararam culpados. Trump, no entanto, nega que Powell tenha sido sua advogada.
Um primeiro acusado, Scott Hall, já havia se declarado culpado no final de setembro.
Esta quarta confissão de culpa aconteceu no mesmo dia em que Trump enfrenta o testemunho do seu ex-advogado, Michael Cohen, em um julgamento civil em Nova York.
A data do julgamento em Atlanta ainda é desconhecida.
O ex-presidente, favorito nas primárias republicanas para as eleições presidenciais de 2024, enfrenta vários processos judiciais, incluindo um julgamento federal, que começa em 4 de março, em Washington, pela tentativa de alteração do resultado nas eleições de 2020.
Trump vê seus problemas legais como uma "interferência eleitoral" do governo do presidente democrata Joe Biden para excluí-lo das eleições pela Casa Branca.
L.E.Campos--PC