Portugal Colonial - Homem que matou professor na França reivindicou ataque em nome do EI em vídeo

Homem que matou professor na França reivindicou ataque em nome do EI em vídeo
Homem que matou professor na França reivindicou ataque em nome do EI em vídeo / foto: Denis Charlet - AFP

Homem que matou professor na França reivindicou ataque em nome do EI em vídeo

O homem que matou um professor na França, na última sexta-feira, publicou um vídeo antes do ataque, no qual reivindicava o crime em nome do grupo extremista Estado Islâmico (EI), informou, nesta terça-feira (17), uma fonte próxima ao caso.

Tamanho do texto:

No vídeo, Mohammed Mogouchkov, um russo de 20 anos que tinha ficha criminal por radicalização, também faz uma referência "muito marginal" ao ataque surpresa do grupo islamita Hamas contra Israel em 7 de outubro, acrescenta a fonte.

Mogouchkov assassinou na sexta-feira (13) Dominique Bernard, professor de francês de 57 anos, na escola em que foi aluno em Arras (norte), quase três anos após o assassinato, na região de Paris, do professor Samuel Paty por outro islamita radical.

Após o ataque em Arras, o governo da França elevou o nível de alerta para "emergência de atentado", em um momento de grande tensão, devido ao temor de que o conflito no Oriente Médio seja importado para o território francês, onde vive a maior comunidade judaica da Europa.

Depois de passar 96 horas em custódia policial, o autor do crime deve comparecer nesta terça-feira a uma audiência com um juiz de instrução para seu indiciamento. Uma fonte policial afirmou que Mogouchkov "não apresentou explicações" até o momento.

A promotoria nacional antiterrorista (Pnat) pediu a abertura de um caso por, entre outros crimes, assassinato relacionado com uma empresa terrorista e cumplicidade, informou o promotor Jean-François Ricard durante coletiva de imprensa.

O Ministério Público pediu a prisão preventiva de Mogouchkov e também o indiciamento do irmão dele de 16 anos, por dar-lhe "algum tipo de apoio", em especial no "manuseio de facas", e de um primo de 15 anos, por estar "informado do projeto" e "não fazer nada para impedi-lo".

Após o ataque, fontes do Ministério do Interior informaram que querem expulsar 11 russos que constam nos arquivos de pessoas radicalizadas e são considerados "ativos" e "perigosos".

V.Fontes--PC