Portugal Colonial - Salman Rushdie vai publicar livro sobre ataque de 2022

Salman Rushdie vai publicar livro sobre ataque de 2022
Salman Rushdie vai publicar livro sobre ataque de 2022 / foto: Andrew Matthews - POOL/AFP

Salman Rushdie vai publicar livro sobre ataque de 2022

O autor britânico Salman Rushdie irá publicar um livro sobre o ataque com faca que quase lhe custou a vida no ano passado, quando um homem o agrediu no palco de um evento, no estado americano de Nova York.

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Rushdie, 76, que perdeu a visão de um dos olhos no ataque, enfrenta ameaças de morte desde que seu romance "Os Versos Satânicos", de 1988, foi declarado uma blasfêmia pelo líder supremo do Irã.

“Era necessário para mim escrever esse livro: uma forma de assumir o que aconteceu e de responder à violência com arte”, disse o escritor, em comunicado divulgado pela editora Penguin Random House.

Intitulado "Knife: Meditations after an Attempted Murder", o livro será lançado em 16 de abril de 2024, em mais de 15 países, entre eles Estados Unidos, Espanha e Reino Unido, informou a editora, cujo diretor executivo, Nihar Malaviya, descreveu a obra como "um livro marcante e um lembrete do poder das palavras para dar sentido ao impensável". Malaviya também elogiou "a determinação de Salman de contar a sua história e de retornar ao trabalho que ama".

Em 12 de agosto de 2022, Rushdie foi esfaqueado várias vezes no pescoço e no abdome, quando participava como convidado de uma conferência literária na pequena cidade de Chautauqua. Seguranças e participantes conseguiram conter o agressor. Desde então, o autor, vencedor do Prêmio Booker, usa óculos com uma lente preta cobrindo o olho direito.

De origem indiana, mas naturalizado americano e radicado em Nova York, Rushdie viveu escondido durante anos depois de o líder supremo do Irã, aiatolá Ruhollah Khomeini, ter ordenado o seu assassinato. O intelectual também tem sido um defensor da liberdade de expressão.

O agressor de Rushdie, Hadi Matar, um homem de 24 anos morador de Nova Jersey e de origem libanesa, declarou-se inocente.

E.Paulino--PC