- BM: eventual governo Trump não terá impacto no financiamento verde do banco
- Musk inicia eventos em apoio a Trump na Pensilvânia
- Corte da Bolívia se recusa a julgar ex-presidente Áñez por 'golpe' contra Evo Morales
- Membros do One Direction, 'devastados' por morte de Liam Payne na Argentina
- Vice-presidente do Quênia é destituído em meio à disputa política
- 'Fracasso' da paz na Colômbia aumenta desmatamento (ONG)
- Líder norte-coreano diz que destruição de vias marca fim de 'relação maligna'
- Confira o que se sabe sobre a operação que resultou na morte do líder do Hamas
- Acordo UE-Mercosul não é 'aceitável' como está, diz Macron
- Cigarro perde espaço para sachê de nicotina entre jovens nos EUA
- Ambientalistas hondurenhos exigem proteção e fechamento de mina
- Thiago Wild é eliminado na 2ª rodada do ATP 250 da Antuérpia
- Campeonato Espanhol volta com Barça e Real à espera de suas estrelas
- Na Colômbia, um vulcão proibido e seus guardiões indígenas
- Líder Bayern recebe Stuttgart para se recuperar na volta do Campeonato Alemão
- Venezuela detém '19 mercenários' estrangeiros vinculados a suposto complô contra Maduro
- Crise energética em Cuba provoca quase 50% de déficit no serviço
- Trump diz que Zelensky 'nunca deveria ter permitido' que guerra começasse na Ucrânia
- De olho no líder Monaco, PSG recebe Strasbourg na volta do Campeonato Francês
- Fórmula 1 não terá pontos por volta mais rápida a partir de 2025
- Painel pede reforma do Serviço Secreto após tentativa de assassinato contra Trump
- Verstappen quer acabar com seca de vitórias no GP dos EUA
- Condenação de García Luna mostra que ele é um narcotraficante, diz presidente mexicana
- Presidente Arce descarta 'ceder' ante seguidores de Morales que querem 'incendiar' a Bolívia
- Diretora-geral do FMI pede unidade em 'tempos profundamente agitados'
- Dez mil soldados norte-coreanos estariam se preparando para se unir às tropas russas, diz Zelensky
- O que se sabe sobre a morte de Liam Payne na Argentina?
- Chefe da diplomacia israelense diz que líder do Hamas foi 'eliminado'
- Seleção do Bahrein não quer disputar jogo na Indonésia após 'ameaças' a jogadores
- ‘Meu filho vive mal, eu vivo mal’: a dura rotina dos familiares de manifestantes presos na Venezuela
- Com inflação na zona do euro controlada, BCE volta a reduzir taxas de juros
- Bia Haddad vence britânica e vai às quartas do WTA 500 de Ningbo
- Centros de dados são adaptados para a conservação da água na América do Sul
- Número 1 do tênis feminino, Iga Swiatek contrata treinador das estrelas
- Advogada diz que Mbappé só dará explicações à justiça, 'se necessário'
- Biden anuncia perdão de mais US$ 4,5 bilhões em empréstimos estudantis
- Liam Payne: cantor que alcançou uma fama precoce com o One Direction
- Presidente da Ucrânia apresenta seu 'plano para vitória' à Otan e UE
- Corpo de Liam Payne no necrotério da Argentina, comoção entre os fãs
- Começa o julgamento da ex-presidente boliviana Áñez por 'golpe de Estado' contra Morales
- J-Hope, vocalista do BTS, encerra o serviço militar na Coreia do Sul
- Han Kang, vencedora do Nobel, espera que sua vida 'não mude muito'
- Internet a bordo vira a estrela das companhias áreas
- Cúpula da UE debate endurecer o tom em questões migratórias e acelerar expulsões
- Israel bombardeia a Síria após ataque dos EUA contra rebeldes do Iêmen
- China aumentará crédito para concluir projetos imobiliários
- Mais de 1,1 bilhão de pessoas vivem em pobreza aguda, denuncia PNUD
- Constituição da Coreia do Norte define o Sul como Estado 'hostil'
- "É difícil para todos", diz Alcaraz antes de jogar contra Nadal em Riad
- Kamala se distancia de Biden; Trump responde latinos
Às portas de Darién, migrantes temem deportações do Panamá
“O Panamá está fechando as portas para nós”, lamenta um migrante, antes de cruzar a perigosa selva de Darién a caminho dos Estados Unidos. Assim como ele, dezenas de pessoas temem ser deportadas após o reforço dos controles nesse país ou ficar presas no lado colombiano da fronteira.
Exaustos, alguns doentes, dezenas de migrantes retidos em um porto no norte da Colômbia souberam, na sexta-feira, da nova determinação do governo panamenho: deportar os estrangeiros que entrarem de forma irregular pela selva de Darién.
“É difícil para muitos porque, ao fechar as portas, nós continuamos presos aqui (...) sofrendo”, disse à AFP o venezuelano Eduardo José Vargas.
Há um mês ele vive em condições difíceis com a esposa e as duas filhas em Necoclí, município da costa caribenha, enquanto espera a sua vez de cruzar a fronteira natural de 266 quilômetros de extensão e 575 mil hectares de superfície, que separa a Colômbia do Panamá.
Montanhas de malas, camas improvisadas, fogões sobre pedras... a cidade é um acampamento ao ar livre, com temperaturas em torno dos 30°C.
“Aqui está difícil (...). Já roubaram meu celular e o dinheiro que eu tinha, os 500 dólares para sair. Outro problema é a chuva, chove quase todas as noites e a gente se molha”, acrescentou Vargas, visivelmente cansado.
Segundo dados oficiais do Panamá, até agora este ano mais de 352 mil pessoas cruzaram o Tampão de Darién. A grande maioria é venezuelana, mas também há migrantes do Haiti, Equador e Colômbia, além de asiáticos, com um número crescente de chineses, e africanos, especialmente dos Camarões.
- "Passar por onde quer que seja" -
Os barcos que já foram atrações turísticas de Necoclí se tornaram o principal meio de transporte de centenas de pessoas que navegam diariamente pelo Caribe os 60 quilômetros até Acandí, no departamento de Chocó, última parada antes de entrar em Darién. Eles carregam coletes salva-vidas, mochilas, barracas e garrafas de água.
Luis Manuel Martínez, advogado venezuelano de 49 anos, chegou a Necoclí há quatro dias com sete familiares.
Ele pede ao governo panamenho “que pense na situação econômica, política e social da Venezuela”, de onde, segundo a ONU, cerca de 7,2 milhões de cidadãos fugiram devido a uma grave crise econômica há sete anos. “Não temos nada que possa ser resolvido naquele país”, acrescentou.
A viagem clandestina pelo Darién costuma durar cinco ou seis dias, à mercê de todo tipo de ameaças: cobras, mamíferos predadores, pântanos e traficantes de drogas, que usam essas rotas para levar cocaína para a América Central.
César Polo, um colombiano de 32 anos, aguarda uma vaga para atravessar esse corredor frequente de migrantes que, vindos da América do Sul, tentam chegar aos Estados Unidos pela América Central e pelo México.
“A ideia é passar, onde quer que seja, mas é preciso passar”, afirmou. Embora conheça muito bem os riscos, acredita que “os piores obstáculos são aqueles que trazem as melhores surpresas”.
- "De carne e osso" -
O Panamá critica que os países sul-americanos não cooperam o suficiente para conter o fluxo migratório, especialmente da Colômbia.
“Dentro das nossas capacidades e orçamento, aumentaremos as ações para elevar gradual e progressivamente as deportações e expulsões” de migrantes que entram de forma irregular no Panamá, anunciou na sexta-feira a diretora do Sistema Nacional de Migração, Samira Gozaine.
Para isso, o governo panamenho prepara diversas aeronaves e está em processo de contratação de voos charter para a deportação de migrantes.
“O Panamá geriu este fluxo de forma responsável, mas já estamos no limite das nossas capacidades porque o excesso de pessoas já é enorme”, disse o ministro da Segurança, Juan Manuel Pino.
O número total de estrangeiros que passaram pelo Darién este ano já ultrapassa em mais de 100 mil o número de todo o ano anterior, quando 248 mil pessoas fizeram essa viagem, batendo todos os recordes de migração.
Desde abril, as autoridades panamenhas deportaram 452 migrantes.
“Deixem-nos em paz, somos pessoas de carne e osso assim como eles”, grita César Polo.
A.F.Rosado--PC