Portugal Colonial - Bombeiros na Grécia seguem ativos e vigilantes diante de incêndios

Bombeiros na Grécia seguem ativos e vigilantes diante de incêndios
Bombeiros na Grécia seguem ativos e vigilantes diante de incêndios / foto: Sakis MITROLIDIS - AFP

Bombeiros na Grécia seguem ativos e vigilantes diante de incêndios

Os bombeiros continuam mobilizados e "vigilantes" nesta quinta-feira (27) diante dos incêndios na Grécia, que em duas semanas resultaram na morte de quatro pessoas, à espera das melhores condições climáticas anunciadas para sexta.

Tamanho do texto:

A Grécia é um dos países da bacia do Mediterrâneo mais atingidos pela onda de calor excepcional e pelos incêndios florestais que afetam grandes áreas do hemisfério norte desde o início do verão boreal (inverno no Brasil).

No país heleno, foram afetadas pelo fogo principalmente as ilhas turísticas de Rodes, Corfu e Eubea, e desde quarta também a região da Tessália.

Esse novo foco se espalhou na quinta-feira à tarde até uma base da força aérea em Nea Anchialos, 19 km ao sul de Volos, provocando explosões em um depósito de munições, explicou à AFP o porta-voz dos bombeiros, Yannis Artopios, que informou que até o momento não foram relatadas vítimas.

Foi ordenada a evacuação da população em direção a Volos, segundo a polícia portuária.

Até agora, quatro pessoas morreram na Grécia devido ao fogo.

Na Itália, pelo menos três pessoas faleceram em incêndios violentos na Sicília.

O governo regional dessa ilha declarou estado de crise após dois dias de altas temperaturas e incêndios, mas nesta quinta-feira registrou uma melhoria nos incêndios, segundo as autoridades locais.

A Argélia, também devastada pelas chamas no nordeste, é o país da bacia do Mediterrâneo com mais vítimas, com 34 mortos.

Todo o sul da Europa sofre com os incêndios que se alastraram para Portugal e Croácia no início da semana.

Na Bulgária, onde o termômetro atingiu 42°C, as autoridades declararam na quarta-feira estado de emergência na região de Haskovo, perto da fronteira nordeste da Grécia, devido a um incêndio florestal que ganhava força na cordilheira Rhodope.

As autoridades gregas mantêm em "risco extremo de incêndio" várias áreas nas sete das 13 regiões do país, muitas delas em Tessália, no centro da Grécia.

Para combater o foco lá, bombeiros, policiais e voluntários trabalharam durante toda a noite de quarta-feira.

Além disso, quatro aviões foram deslocados, de acordo com os bombeiros.

- Menor risco de incêndios -

As temperaturas foram mais baixas nesta quinta do que nos dias anteriores, atingindo máximas de 36 °C, em comparação com os mais de 40 °C de antes (quarta chegou a 46,1 °C).

Na sexta-feira, espera-se que sejam semelhantes, segundo as previsões meteorológicas, que também indicam que as rajadas de vento podem diminuir.

Assim, a Proteção Civil reduziu o nível de risco de incêndio de "extremo" para "muito alto" na sexta.

Nesta quinta, a zona industrial de Volos permaneceu fechada como medida de precaução após o perigoso incêndio declarado na véspera.

Além disso, várias cidades foram evacuadas no início da manhã nos arredores desta cidade portuária, no sopé do Monte Pelion.

Foi nessa região que uma mulher com deficiência foi encontrada morta dentro de seu trailer incendiado e um fazendeiro morreu tentando salvar seu rebanho.

Em Rodes, no arquipélago do Dodecaneso, mar Egeu, de onde 20 mil pessoas foram resgatadas no último fim de semana, as chamas ganharam força nas localidades de Vati e Gennadi, segundo a agência de notícias grega ANA.

Por outro lado, em Corfu, as chamas diminuíam.

Dois novos incêndios surgiram, por outro lado, no centro-oeste, consumindo atualmente zonas de matagal próximas a uma floresta, e também no nordeste.

As autoridades gregas contabilizaram cerca de 600 incêndios, muitos deles em florestas, nos últimos doze dias, a maioria rapidamente apagada.

Cientistas do grupo World Weather Attribution (WWA) estimam que a onda de calor que atinge partes do hemisfério norte se deve às mudanças climáticas.

"Não são mais eventos excepcionais" e os que chegarão no futuro "serão ainda mais intensos e frequentes se as emissões não forem reduzidas rapidamente", alertam.

L.Carrico--PC