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Ex-CEO da Audi evita cumprir pena de prisão após confissão no caso 'Dieselgate'
O ex-CEO da Audi Rupert Stadler foi condenado nesta terça-feira (27) na Alemanha a 21 meses de prisão com suspensão condicional da pena e a pagar multa de 1,1 milhão de euros (1,2 milhão de dólares, 5,7 milhões de reais) pelo caso "Dieselgate" de motores manipulados.
Stadler, que se declarou culpado após mais de dois anos de processo em Munique, foi acusado de ter conhecimento da instalação de dispositivos nos veículos para fazer com que parecessem menos poluentes e de não ter atuado para evitar a fraude.
Ele é o primeiro executivo do grupo Volkswagen condenado em um processo criminal devido ao escândalo.
No início da investigação e ao longo das audiências, que começaram em setembro de 2020, o ex-CEO de 60 anos negou as acusações apresentadas.
Mas no final de maio, ele se declarou culpado, por proposta do tribunal, para ser beneficiado por uma pena menor aos 10 anos de prisão a que poderia ser condenado.
O escândalo "Dieselgate" abalou a reputação da indústria automobilística alemã.
Em 2015, após acusações da Agência de Proteção do Meio Ambiente dos Estados Unidos (EPA), a Volkswagen admitiu que 11 milhões de motores do tipo "EA 189" de seus veículos a diesel foram equipados com um software que apresentava resultados menos poluentes em testes de laboratório e nas estradas.
No processo também foram julgados Wolfgang Hatz, ex-director da Audi e Porsche, e seu braço direito na Audi, Giovanni Pamio. Os dois confessaram que adulteraram os motores de veículos para que não superassem os limites legais das emissões de poluentes durante os testes realizados em uma ponte, mas não na estradas.
Nesta terça-feira, Hatz foi condenado a uma pena suspensa de dois anos de prisão e a pagar multa 400.000 euros (437.000 dólares, 2,08 milhões de reais). Pamio foi condenado a uma penas suspensa de 21 meses de prisão e a pagar multa de 50.000 euros (55.000 dólares, 262.000 reais).
G.Teles--PC