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Ex-jornalista que ganhou causa contra Trump por agressão sexual volta a processá-lo
A ex-jornalista E. Jean Carroll, a quem Donald Trump foi condenado a pagar US$ 5 milhões por uma agressão sexual que remonta a 1996, voltou a processar o ex-presidente americano, nesta segunda-feira, por difamação, devido a declarações feitas pelo republicano após a sentença contra ele.
"Está louca", disse Trump sobre E. Jean Carroll na rede de TV CNN, no dia seguinte à sentença unânime, ditada em Nova York, no último dia 9, por um júri formado por nove cidadãos.
O candidato às primárias republicanas para as eleições presidenciais de 2024 repetiu na TV que não conhecia a ex-jornalista da revista "Elle" e chamou o assunto de "invenção".
A nova denúncia se baseia em declarações feitas por Trump "após o veredito, que mostram a extensão de sua malícia em relação a Carroll", afirmou a advogada Roberta Kaplan, cuja cliente tem o objetivo de "punir Trump e dissuadi-lo de outros atos de difamação", além de "dissuadir outras pessoas de fazerem o mesmo".
Na véspera da transmissão pela CNN, o júri considerou o ex-presidente (2017-2021) civilmente responsável por agressão sexual contra E. Jean Carroll, que o acusou de tê-la estuprado no provador de uma loja de roupas íntimas, em Nova York.
O júri também considerou Trump responsável por difamação, por declarações de 2022, e o condenou a pagar um total de US$ 5 milhões à vítima, decisão da qual recorreu.
A nova ação foi movida no âmbito de um processo em andamento por ações cíveis anteriores desde 2019, também por difamação, movidas por E. Jean Carroll.
F.Santana--PC