- Candidatos encerram campanha presidencial antes do 2º turno no Uruguai
- Governo dos Estados Unidos pede separação entre Google e Chrome
- Brasil não vai evitar debate sobre combustíveis fósseis na COP30
- Governista Delgado diz que 'maioria silenciosa' vai elegê-lo presidente do Uruguai
- Síria reporta 36 mortos em bombardeio israelense na cidade de Palmira
- Ortega lança reforma para controle total do poder na Nicarágua ao lado da esposa
- Ucrânia lança mísseis britânicos contra Rússia; Xi e Lula pedem 'solução política' para conflito
- Bancos centrais se reposicionam diante da alta do dólar
- Acordo político rompe bloqueio para aprovar nova composição da Comissão Europeia
- Filho mais velho da princesa-herdeira da Noruega é preso preventivamente
- Imigrante venezuelano é condenado por assassinato denunciado por Trump
- Ortega propõe reforma que amplia seu poder na Nicarágua
- Nvidia volta a superar as expectativas por seus resultados no 3T
- Hezbollah rejeita qualquer condição de Israel para trégua no Líbano
- ONU alerta para trauma das crianças que atravessam Darién
- Trump escolhe Matthew Whitaker como embaixador na Otan
- Armários de astros do Real Madrid vão a leilão em Londres
- Musk quer cortes maciços de funcionários e gasto federal nos EUA
- Ucrânia usou mísseis britânicos contra a Rússia (imprensa)
- Pecuarista é condenado a 3 anos de prisão por matança de pinguins na Argentina
- Violência deixa 150 mortos em uma semana na capital do Haiti (ONU)
- Lula e Xi urgem solução política na Ucrânia em meio a nova escalada
- Itália vence Eslováquia e conquista a Billie Jean King Cup
- Seleção termina ano mergulhada em um mar de dúvidas
- Lula defende junto a Xi diplomacia como solução para guerra na Ucrânia
- Giorgia Meloni reconhece Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela
- EUA veta no Conselho de Segurança projeto de cessar-fogo em Gaza
- Vice do Equador retorna ao país e pede fim de 'perseguição'
- Compra do Paris FC pelos donos da LVMH será concluída nos próximos dias
- Líder da Igreja Anglicana vai encerrar funções em 6 de janeiro
- Barcelona adia retorno ao Camp Nou para pelo menos meados de fevereiro
- Macron no Chile, seu contraexemplo em meio à disputa sobre o acordo UE-Mercosul
- Lula: 'Em um mundo assolado por conflitos', China e Brasil priorizam 'a paz e a diplomacia'
- Alemanha elimina Canadá e vai à semifinal da Copa Davis
- Gripe aviária no Brasil: deputado europeu alerta sobre sistema de controle deficiente
- 'Mataram seu sonho': no Líbano, jogadora fica em coma após ataques de Israel
- Genoa anuncia francês Patrick Vieira como novo técnico
- Vice-presidente espanhola defende atuação do governo nas enchentes
- Quase 50 anos depois, a luta interminável pelos franceses desaparecidos na Argentina
- Família de Liam Payne e membros do One Direction comparecem ao funeral do cantor
- Países ocidentais apresentam resolução contra o programa nuclear do Irã
- Rússia acusa EUA de fazer todo o possível para 'prolongar a guerra' na Ucrânia
- Magnata pró-democracia de Hong Kong, Jimmy Lai, diz em julgamento que defendeu 'a liberdade'
- Invasão russa da Ucrânia é 'desastre vergonhoso para a humanidade', lamenta o papa
- Número de vítimas de minas terrestres no mundo aumentou em 2023, segundo relatório
- Países ricos relutam em propor valores nas negociações da COP29
- Funeral do cantor Liam Payne acontecerá nesta quarta-feira, segundo a imprensa britânica
- Depois do G20, Lula recebe Xi para aproximar ainda mais Brasil e China
- Opositor histórico de Uganda foi preso e deve comparecer perante um tribunal militar
- Brasil pressiona, mas empata com o Uruguai (1-1) pelas Eliminatórias
Noruega assume posição pioneira no setor de carros elétricos na Europa
Em Baerum, um subúrbio residencial de Oslo, há um carro elétrico estacionado em quase metade das casas, prova de que a Noruega avança em seu objetivo de ser o primeiro país a eletrificar seu parque automotivo.
Bård Gundersen, habitante do município com uma das proporções de veículos elétricos mais altas (43%), explica que deu o passo em 2016 e agora já está em seu segundo carro com esse tipo de motor.
"Era evidente", afirma esse empresário ao volante de um BMWiX. "Era muito mais barato comprar um carro como esse do que um tradicional, quase a metade do preço, porque eu queria um SUV".
Apesar de ser um importante produtor de hidrocarbonetos, a partir do próximo ano, a Noruega permitirá apenas a venda de modelos novos "zero emissões".
É um dos objetivos mais ambiciosos do mundo. A União Europeia, da qual o país escandinavo não faz parte, não proibirá a venda de veículos novos poluidores até 2035.
Impulsionados especialmente pela Tesla, os veículos completamente elétricos representaram 96,4% dos registros em setembro, contra 17,3% na União Europeia.
O número representa um grande salto desde 2012, quando sua cota de mercado era apenas de 2,8%, devido em parte a uma política pró-ativa e um tanto aleatória no seu início.
Em um país que nunca teve um fabricante de automóveis nacional, as autoridades isentaram de impostos os carros elétricos no início do século com a esperança de abrir espaço para uma marca local.
A aposta não deu certo: o grupo norueguês Pivco (que mais tarde se tornaria Think), que durante algum tempo foi propriedade da gigante americana Ford, faliu em 2011.
Mas as isenções fiscais se mantiveram e, mesmo que tenham sido reduzidas nos últimos anos, permitiram os veículos elétricos competir com os de combustão, fortemente tarifados.
“Usamos o bastão para carros movidos a combustíveis fósseis e a cenoura para carros elétricos”, resume Cecilie Knibe Kroglund, secretária de Estado do Ministério dos Transportes.
“Outros países podem ter que usar incentivos diferentes, dependendo dos costumes, da geografia e da forma como o transporte público funciona. Mas, no que nos diz respeito, nossos incentivos funcionaram muito bem”, diz ela.
Além desse regime tributário, os carros elétricos têm se beneficiado de outros privilégios, como pedágios gratuitos e estacionamento público gratuito.
A origem dessas vantagens é uma campanha de desobediência civil nos anos 90, liderada por um ativista ambiental, Frederic Hauge, e pelo cantor do A-ha, Morten Harket, autor da famosa música “Take on me”.
A bordo de um Fiat Panda eletrificado, os dois homens, que queriam promover esse meio de transporte, recusaram-se obstinadamente a pagar pedágios e taxas de estacionamento, acumulando uma montanha de multas que também se recusaram a pagar.
As autoridades requisitaram seus carros, mas, anos depois, concederam essa gratuidade aos veículos elétricos, que eram muito raros na época.
“Não senti que estava assumindo o papel de um rebelde, na verdade”, disse Harket mais tarde à BBC. “Mas era simplesmente necessário”.
Essa mudança tem um impacto nas políticas comerciais dos fabricantes. A Volkswagen, por exemplo, entregou seu último carro a combustão em julho, um modelo Golf.
“Desde 1º de janeiro, retiramos todos os veículos movidos a combustíveis fósseis de nossa linha”, explica Kim Clemetsen, chefe de marketing de uma concessionária que importa carros da Volkswagen.
“Vendemos apenas veículos elétricos”, acrescenta.
Algumas marcas, como a Toyota, resistem e planejam manter a oferta de modelos térmicos e híbridos até 2025.
O ministro das finanças, Trygve Slagsvold Vedum, um fervoroso defensor dos interesses rurais, causou polêmica ao dizer que não haveria “absolutamente nenhum problema” se “alguns” veículos a combustão fossem vendidos no próximo ano.
Mas, de qualquer forma, o país nórdico estará muito próximo de atingir sua meta de 100% de “emissões zero”.
R.J.Fidalgo--PC