- Morre aos 91 anos Cissy Houston, mãe de Whitney e ganhadora do Grammy
- Equador: empresários denunciam cortes de energia que afetam setor produtivo
- MLS bate recorde de público com 11 milhões de espectadores
- Um ano após ataque do Hamas, manifestação na Cisjordânia celebra 'resistência' a Israel
- Nos EUA, Suprema Corte da Geórgia restabelece lei que restringe aborto
- Hezbollah pede que combatentes não coloquem capacetes azuis em perigo
- Com Darwin Núñez e caras novas, Uruguai anuncia convocados para as Eliminatórias
- Presidente da Tunísia é reeleito com 90,7% dos votos (autoridade eleitoral)
- Trump diz que Faixa de Gaza poderia ser 'melhor que Mônaco'
- Biden e Kamala pedem paz no Oriente Médio no aniversário do ataque do Hamas a Israel
- 'Povo das Águas' se soma à luta contra o fogo que consome o Pantanal
- Sonda Hera é lançada para estudar um asteroide desviado pela Nasa
- Messi está entre os candidatos a melhor jogador da MLS
- 'Filhos' da diáspora venezuelana vestem a camisa da seleção 'Vinotinto'
- Restauração da Fontana de Trevi prosseguirá até o fim do ano
- 'Armas fantasmas' e direitos trans estão na agenda na Suprema Corte dos EUA
- Lesionado, Garnacho desfalcará Argentina nas Eliminatórias
- Habitantes de Gaza denunciam um ano 'cheio de sofrimento' desde 7 de outubro
- Milton vira furacão de categoria máxima e ameaça México e Flórida
- Deschamps diz que poupou Mbappé 'para privilegiar interesse do jogador'
- Coco Gauff volta ao Top 5 da WTA após título em Pequim
- Ucrânia bombardeia terminal petrolífero na Crimeia enquanto Rússia conquista mais uma localidade
- Neeskens, o melhor parceiro de Cruyff no auge do 'futebol total'
- Aborto, uma arapuca eleitoral em Nebraska
- MicroRNAs, engrenagens do funcionamento extremamente complexo do genoma
- Seleção precisa de 'melhora rápida', diz Dorival
- Morre aos 73 anos Johan Neeskens, ídolo do futebol holandês
- Dor e lágrimas em homenagem às vítimas do festival de música de 7 de outubro em Israel
- Barcelona espera voltar ao Camp Nou 'antes do final do ano'
- Líder indígena espera que a Amazônia ganhe 'força' na COP16
- Dirigentes do mundo expressam sua 'dor' no aniversário de ataque do Hamas contra Israel
- Paris recebe a primeira grande retrospectiva da pintora brasileira Tarsila do Amaral
- Os vencedores do Prêmio Nobel de Medicina nos últimos dez anos
- Dois americanos ganham o Prêmio Nobel de Medicina por avanços na regulação genética
- Entre vigílias e protestos, Israel relembra o 1º aniversário do ataque mortal do Hamas
- Governo japonês admite que alterou foto 'desalinhada' do gabinete
- Prefeito é assassinado no México, seis dias após assumir o cargo
- Campo bolsonarista sai fortalecido do 1º turno das municipais no Brasil
- Clube chileno homenageia vítimas palestinas da guerra em Gaza
- PSG empata com Nice (1-1) e Monaco assume liderança isolada
- Alcaraz, Sinner e Medvedev vão às oitavas do Masters 1000 de Xangai
- Velas, orações e música para relembrar ataque do Hamas a Israel em 7/10
- Real Madrid confirma gravidade da lesão de Carvajal, que não jogará mais na temporada
- Gauff vence Muchova em Pequim e conquista seu segundo título em 2024
- Juventus cede empate em casa contra Cagliari (1-1) e fica mais longe do líder Napoli
- Chelsea empata, Manchester United segue sem vencer e Tottenham perde de virada
- Tempestade Milton vira furacão nos EUA ao avançar para Flórida
- Papa Francisco pede 'cessar-fogo imediato' no Oriente Médio
- Papa Francisco anuncia brasileiro entre 21 novos cardeais
- Bayern cede empate nos acréscimos na visita ao Eintracht Frankfurt (3-3)
'Povo das Águas' se soma à luta contra o fogo que consome o Pantanal
Conhecidos como 'povo das águas’ do Pantanal, indígenas Guató formaram a primeira brigada em seu território treinada para combater os incêndios que ameaçam sua aldeia Uberaba, a 350 km de Corumbá, no Mato Grosso do Sul.
"O treinamento foi um pedido da comunidade porque nos últimos anos, eles ficaram ilhados com as queimadas no Pantanal, a cada ano mais intensas, e temiam que o fogo chegasse ao território indígena", explica à AFP Elvis Terena, de 42 anos, coordenador regional da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em Campo Grande (MS).
Vinte e quatro homens e mulheres foram capacitados para combater incêndios na aldeia, situada na ilha Ínsua, às margens do rio Paraguai. O treinamento foi oferecido em setembro pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo)/Ibama, juntamente com a Funai e a ONG Instituto do Homem Pantaneiro (IHP).
Agora, integram a primeira brigada voluntária dessa Terra Indígena Guató, no norte do estado, onde vivem cerca de 200 pessoas.
Embora até agora a aldeia tenha se salvado do fogo, já houve focos no entorno.
"A situação ficou bem crítica, com o fogo próximo da ilha. A gente sempre teme que chegue na aldeia porque pode queimar tudo", conta à AFP de Corumbá Jorcimari Picolomini, de 31 anos, professora na escola indígena Toghopanãa, localizada na aldeia.
Ela é uma das sete mulheres que participaram da formação.
"O cacique sempre disse que era importante os indígenas terem esse treinamento para cuidar da reserva porque até chamar o socorro às vezes demora", acrescenta.
Os incêndios, que as autoridades atribuem majoritariamente à ação humana, são potencializados pela seca registrada em grande parte do Brasil.
Em algumas regiões remotas, como no Pantanal, as brigadas comunitárias são estratégicas no enfrentamento do fogo.
"Acho importante ter uma brigada em um local onde o deslocamento de Corumbá [a cidade mais próxima] demora mais de dez horas [de barco], o que é agravado porque o rio Paraguai está com a profundidade muito baixa" devido à seca, explica à AFP Márcio Yule, coordenador do PrevFogo/Ibama no Mato Grosso do Sul.
"É importante ter gente treinada e equipada para fazer o primeiro combate até a chegada das brigadas contratadas, do corpo de bombeiros", continua, ressaltando que os Guató receberam equipamento de proteção individual e ferramentas para o combate às chamas, que ficaram na aldeia.
O Pantanal é um dos biomas mais afetados pelos incêndios que assolam o país, com 13.141 focos registrados entre 1/01/24 e 6/10/24 - 1.270% a mais que no mesmo período de 2023, segundo o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Considerada a maior área úmida do planeta, o Pantanal se estende por parte do Brasil, Bolívia e Paraguai. No Brasil, ocupa 150.355 km2 em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Além da rica biodiversidade, o bioma abriga comunidades tradicionais, como quilombolas, ribeirinhos e povos indígenas, como Guató, Terena, Kadiwéu, entre outros.
E.Raimundo--PC