Portugal Colonial - Vulcão entra em erupção em ilha desabitada de Galápagos

Vulcão entra em erupção em ilha desabitada de Galápagos
Vulcão entra em erupção em ilha desabitada de Galápagos / foto: Handout - Galapagos Ecological Airport/AFP

Vulcão entra em erupção em ilha desabitada de Galápagos

O vulcão La Cumbre, localizado na deserta ilha de Fernandina, no arquipélago equatoriano de Galápagos, entrou novamente em erupção, conforme informou neste domingo (3) o Instituto Geofísico estatal.

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Na noite de sábado (2), foi registrada "uma anomalia térmica e emissão de gás indicando o início de um processo eruptivo" em La Cumbre, que possui 1.463 metros de altura, conforme indicado pelo órgão.

Uma nuvem de gás sem muitas cinzas foi deslocada pelo vento, "sem ultrapassar populações" de outras ilhas com assentamentos humanos, como a vizinha Isabela, acrescentou.

O instituto informou que vídeos compartilhados em redes sociais confirmam a erupção a partir de uma fissura circunferencial no flanco sul do único vulcão de Fernandina, localizado a oeste de Galápagos, patrimônio natural da humanidade.

La Cumbre entrou em erupção um total de quatro vezes em quase oito anos. A anterior foi em janeiro de 2020, quando a atividade durou cerca de nove horas.

"A duração da erupção não pode ser prevista com precisão, nem se atingirá a costa marítima, mas de acordo com os dados sobre a deformação do vulcão acumulada desde o último período eruptivo, é provável que a atual seja maior do que as observadas em 2017, 2018 e 2020", detalhou o instituto.

Recomendou que os turistas fiquem longe caso os fluxos de lava entrem no mar, pois pode haver pequenas explosões e liberação de gases tóxicos.

Com entre 28 e 30 erupções registradas desde 1800, La Cumbre tem a maior taxa de recorrência de erupções no arquipélago turístico equatoriano.

Fernandina, no extremo oeste de Galápagos e com uma área de 638 km2, possui uma espécie endêmica de iguana terrestre amarela (Conolophus subcristatus), cuja população tem crescido apesar de estar ameaçada por erupções vulcânicas.

Em 2019, foi encontrada ali uma fêmea de tartaruga Chelonoidis phantasticus, espécie que se acreditava ter sido extinta no século passado.

Galápagos, a 1.000 km da costa do Equador e que recebe o nome das tartarugas gigantes que habitam lá, foi o local em que o naturalista inglês Charles Darwin desenvolveu a teoria da evolução das espécies.

O arquipélago também faz parte da reserva da biosfera, tem flora e fauna únicas no mundo e possui um delicado ecossistema.

P.Serra--PC