Portugal Colonial - Exigências ambientais da UE são 'muito duras', diz presidente eleito do Paraguai

Exigências ambientais da UE são 'muito duras', diz presidente eleito do Paraguai
Exigências ambientais da UE são 'muito duras', diz presidente eleito do Paraguai / foto: EVARISTO SA - AFP

Exigências ambientais da UE são 'muito duras', diz presidente eleito do Paraguai

As exigências da União Europeia ao Mercosul em questões ambientais são "muito duras", disse o presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña, nesta terça-feira (16) em Brasília. No entanto, ele manifestou otimismo de que ambos os blocos ratifiquem o acordo comercial de 2019.

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"Somos favoráveis a esse acordo" entre a UE e o Mercosul, disse Peña, que venceu as eleições presidenciais em seu país há duas semanas.

Mas "também compartilhamos a posição do Brasil de que algumas restrições, principalmente em termos ambientais, são muito duras para uma região do mundo que precisa se desenvolver", disse o mandatário eleito do Paraguai aos jornalistas no Palácio do Planalto, após uma reunião com o presidente Lula.

Para Peña, que disse "pensar positivo" sobre as negociações, os países do Mercosul - formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai - precisam ser "cuidadosos com o meio ambiente", mas, ao mesmo tempo, devem encarar seu desenvolvimento em função de seus próprios interesses.

UE e Mercosul concluíram um acordo comercial em 2019, depois de mais de 20 anos de negociações complexas, mas o mesmo não foi ratificado devido, entre outras coisas, à preocupação na Europa pela política ambiental do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

O tom mudou favoravelmente ao acordo com o retorno de Lula ao poder, mas as novas condições apresentadas pela União Europeia sobre questões ambientais têm provocado algumas tensões.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Viera, criticou a visão "protecionista" da UE e suas metas ambientais extremamente duras durante uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado em Brasília na semana passada.

Os agricultores europeus temem a entrada em seu mercado de mais produtos agrícolas sul-americanos, que, segundo eles, têm normas de produção menos estritas.

Por exemplo, ao contrário da UE, o Brasil não proibiu os antibióticos promotores do crescimento nas rações animais.

Os países do Mercosul estão preparando uma contraproposta, mas ainda não definiram uma data para sua apresentação.

G.Teles--PC